Livro “A Geração Ansiosa” de Jonathan Haidt explora como infância hiperconectada gera transtornos mentais em adolescentes de 13 anos.
O momento para o lançamento nas livrarias brasileiras de ‘A Geração Ansiosa – como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais’, divulgado nesta terça-feira (16), é extremamente oportuno. A ansiedade deixou de ser apenas tema de consultórios médicos e agora ganha destaque nas telas de cinema.
Em meio a um cenário marcado pelo nervosismo e pela inquietação, a discussão sobre os impactos da ansiedade na sociedade contemporânea se torna cada vez mais relevante. A sensação de agonia causada pela pressão do mundo moderno é um tema urgente a ser abordado, e obras como essa trazem luz para um problema que afeta tantas pessoas.
Impacto da Ansiedade na Adolescência Hiperconectada
A animação ‘Divertida Mente 2’, que estreou recentemente, surpreendeu ao ultrapassar a marca de US$ 66 milhões em bilheteria, tornando-se um sucesso nos cinemas brasileiros. O filme da Disney aborda as emoções que habitam a mente de uma jovem de 13 anos, destacando a presença marcante da Ansiedade.
O renomado psicólogo Jonathan Haidt, em seu livro ‘A Geração Ansiosa’, condensa diversos estudos que apontam a relação entre o uso das redes sociais e os transtornos mentais em crianças e adolescentes da geração Z. Haidt destaca que a Ansiedade, o nervosismo e a inquietação são aspectos frequentemente associados a essa realidade.
Com mais de 400 páginas, a obra de Haidt revela que a presença constante de smartphones e o acesso ilimitado às redes sociais têm impactado significativamente a vida social dos adolescentes, gerando uma ‘Grande Reconfiguração da Infância‘. Nesse contexto, a Ansiedade assume um papel relevante, contribuindo para o aumento dos índices de depressão e automutilação.
A geração Z, composta por jovens que cresceram em meio à era digital, enfrenta desafios únicos relacionados à saúde mental, com um aumento expressivo nos casos de ansiedade e depressão. As meninas, em especial, são mais afetadas por essas questões, evidenciando a necessidade de atenção e cuidado redobrados.
Segundo Haidt, a taxa de suicídio entre adolescentes teve um crescimento significativo a partir de 2008 nos Estados Unidos, com um aumento ainda mais acentuado na década seguinte. O autor ressalta que, embora haja outros fatores que contribuem para a saúde mental, o aumento sem precedentes da ansiedade e depressão entre os jovens não pode ser atribuído apenas a eventos específicos.
Diante desse cenário complexo, é fundamental compreender os impactos da hiperconectividade e das pressões sociais nas mentes jovens, buscando estratégias eficazes para promover a saúde mental e o bem-estar emocional nessa fase crucial do desenvolvimento.
Fonte: © CNN Brasil
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