MME planeja liberar todos consumidores de energia até 2030 para mercado livre competitivo, com abertura do ambiente de contratação e migração no mercado livre.
A abertura do mercado livre de energia elétrica aos consumidores de baixa tensão, incluindo residenciais, é um passo importante para garantir a competição e o equilíbrio de encargos e taxas. Segundo o vice-presidente Institucional e Regulatório do grupo Delta Energia, Luiz Fernando Vianna, é essencial manter um equilíbrio entre os mercados cativo e mercado livre para que este último possa ser verdadeiramente competitivo. A transição para um mercado livre mais dinâmico e acessível requer medidas que atraiam os potenciais novos clientes interessados em explorar as oportunidades oferecidas.
O Ministério de Minas e Energia (MME) está trabalhando para estabelecer diretrizes que promovam um mercado mais Aberto e desregulamentado, visando a liberação total até 2030. A expectativa é que a abertura do mercado livre traga benefícios tanto para os consumidores quanto para as empresas do setor energético, criando um mercado mais dinâmico e sem restrições. A diversificação das opções disponíveis no mercado livre pode impulsionar o crescimento e a inovação no setor, estimulando a concorrência e a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis.
Mercado livre: o futuro da energia elétrica no Brasil
O mercado livre de energia elétrica tem se destacado como uma alternativa vantajosa para consumidores de média e alta tensão que buscam redução de tarifas. Segundo Gustavo Valfre, VP de Tecnologia do Grupo Energisa, a competição é essencial para alcançar esse objetivo.
No ambiente de contratação livre, os consumidores têm a liberdade de escolher seus fornecedores de energia, em contraste com o mercado regulado, onde as distribuidoras atendem a todos. Essa abertura proporciona um cenário sem restrições, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.
Atualmente, no Brasil, a migração para o mercado livre está disponível apenas para clientes com contas de energia acima de R$ 10 mil, em média. No entanto, há uma tendência de abertura gradual para consumidores de baixa tensão, com previsões de que essa transição possa ocorrer até 2026.
Vianna, defensor da migração precoce, acredita que o mercado está maduro para essa mudança. Ele destaca que a migração dos clientes de energia elétrica para o ambiente livre será um processo gradual, estimando que, nos primeiros anos, cerca da metade dos consumidores optarão por sair do mercado regulado.
A transição para o mercado livre tem sido um processo progressivo, especialmente para consumidores de alta e média tensão. A abertura escalonada para esse grupo foi concluída no início de 2024, permitindo que aproximadamente 70 mil clientes migrassem para o ambiente livre.
O executivo ressalta que a competição no mercado livre está acirrada, com empresas disputando a preferência dos consumidores recém-liberados para migrar. Essa concorrência beneficia o consumidor, que pode usufruir de melhores preços e condições.
A Delta, atuante no mercado de energia desde 2001, é uma das empresas que se destacam no mercado livre, transacionando cerca de 5 mil MW médios mensalmente. Além disso, a companhia diversifica suas operações, incluindo a comercialização de gás natural, geração renovável e produção de etanol e biodiesel.
A empresa tem investido em geração distribuída, por meio de sua divisão Luz, como parte de sua preparação para a abertura total do mercado livre. Essa estratégia tem contribuído para o aprimoramento das equipes, relacionamentos e comunicação com os clientes, especialmente os de menor porte.
Com a geração distribuída, os consumidores têm a oportunidade de gerar sua própria energia, o que tem impulsionado a inovação e a adaptação do setor de energia elétrica. A entrada da Delta nesse segmento reflete a busca por novas formas de atender e se comunicar com os consumidores, visando um mercado livre mais competitivo e dinâmico.
Fonte: @ Info Money
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