Primeiro reajuste em 20 anos para 227 unidades: repasse anual de R$ 83,1 mi sobe para R$ 163,9 mi. Inclusão de gênero nos repasses mensais.
Pela primeira vez em duas décadas, o Ministério da Saúde atualizou os valores estabelecidos para habilitação e financiamento mensal dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). A mudança foi oficializada por meio de um comunicado divulgado na última sexta-feira (26) no Diário Oficial da União. O investimento anual destinado às 227 unidades era de R$ 83,1 milhões. A importância da Saúde do Trabalhador é evidenciada por essa medida, que visa fortalecer a rede de atendimento e prevenção de doenças ocupacionais.
Os Centros de Referência desempenham um papel crucial na promoção da Saúde dos trabalhadores, oferecendo atendimento especializado e ações preventivas. O reajuste nos recursos destinados aos Cerest é um avanço significativo para garantir melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A valorização da Saúde do Trabalhador é fundamental para a produtividade e bem-estar no ambiente laboral, refletindo diretamente na sociedade como um todo.
Saúde do Trabalhador: Investimento em Centros de Referência
Com a recente atualização, o valor destinado à Saúde do Trabalhador vai aumentar significativamente, chegando a R$ 163,9 milhões. Essa medida tem como objetivo principal favorecer a ampliação da rede de atendimento e o aprimoramento das ações voltadas para a saúde dos trabalhadores. O impacto positivo desses recursos será sentido em 227 unidades de saúde em todo o país.
Atualmente, o Brasil conta com uma rede de 180 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador de abrangência regional, 27 estaduais e 20 municipais. Com o aumento dos investimentos, a parcela única destinada aos municípios e estados ao habilitar um centro passou de R$ 50 mil para R$ 100 mil. Além disso, os repasses mensais de custeio serão dobrados, atingindo R$ 80 mil para os centros estaduais, R$ 60 mil para as unidades regionais e R$ 50 mil para os municipais.
A inclusão de gênero também é uma preocupação presente nessa atualização. Em reconhecimento ao papel das mulheres na força de trabalho do país, a portaria que reajusta os recursos inclui o termo ‘trabalhadora’ no nome da Rede Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Renastt).
Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador desempenham um papel fundamental dentro da Renastt, rede que foi criada em 2002. Essas unidades oferecem suporte aos serviços do SUS na identificação de problemas de saúde relacionados ao trabalho, atendendo trabalhadores urbanos e rurais, de diferentes formas de inserção no mercado de trabalho.
Esses locais especializados realizam a análise da saúde dos trabalhadores da região, promovem a vigilância nos ambientes de trabalho, oferecem ações educativas e outras atividades que contribuem para a promoção da saúde no ambiente laboral. Todas essas informações são essenciais para embasar a criação de políticas públicas eficazes.
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT), estabelecida em 2012, tem como objetivo proteger a saúde dos trabalhadores e reduzir os riscos relacionados aos processos produtivos. Essa política define princípios, diretrizes e estratégias em todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo um cuidado integral e eficiente para a Saúde do Trabalhador.
Investimento em Saúde do Trabalhador: Fortalecimento dos Centros de Referência
Fonte: @ Ministério da Saúde
Comentários sobre este artigo