Antiga Grêmio casa intocada pela enchente: ponto de coleta de terminos: tragédia climática, heliponto, capela, olímpico, complementares.
Depois de 11 anos em desuso, o estádio Olímpico Monumental foi reaberto. Não para sediar partidas, mas para auxiliar as vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul.
Localizado em Porto Alegre, o antigo estádio do Grêmio, o Olímpico Monumental, agora se transformou em um centro de arrecadação de donativos. Os torcedores se uniram para ajudar aqueles que foram afetados pela tragédia, mostrando a força e solidariedade da comunidade. O estádio Olímpico se tornou um símbolo de esperança em meio à adversidade.
Transformação do Estádio Olímpico Monumental
O emblemático estádio do Grêmio, conhecido como Olímpico Monumental, palco de inúmeras conquistas para o Tricolor e repleto de lembranças da torcida, tornou-se o ponto de coleta mais significativo de doações do clube para as vítimas das enchentes, além de funcionar como heliponto em Porto Alegre.
A utilização desse local icônico tem uma justificativa. O ‘Velho Casarão’, como é carinhosamente chamado, é a única propriedade do clube que permanece acessível. Enquanto a Arena do Grêmio, o CT Luiz Carvalho (utilizado pelo time profissional) e o CT do Cristal (destinado às categorias de base) foram inundados pelas águas do Guaíba. O CT Hélio Dourado, utilizado pelas categorias de base em Eldorado do Sul, e até mesmo a Ilha do Grêmio, área de lazer do clube, também foram afetados pela tragédia.
Desde fevereiro de 2013, a antiga casa gremista não recebia tanta atenção. No dia 17 daquele mês, o Grêmio saiu vitorioso contra o Veranópolis por 1 a 0, com gol de Werley, no último jogo oficial realizado no estádio inaugurado em 1954. Com a Arena já em pleno funcionamento, a expectativa era que o Olímpico fosse demolido nos meses seguintes.
No entanto, uma complicada disputa judicial envolvendo o clube, uma construtora e as autoridades públicas se arrasta há anos, sem uma solução à vista. Enquanto isso, o Olímpico foi se deteriorando e se transformando em ruínas.
O Grêmio mantém seguranças no estádio para evitar invasões, porém quem transita pela região pode testemunhar o estado de abandono. Com suas paredes desmoronadas, é possível avistar os dois níveis de arquibancadas de concreto da estrutura. Destroços de tijolos, grades retorcidas, ferros retorcidos, vegetação alta e até mesmo um cemitério de vasos sanitários compõem a paisagem desoladora.
A partir do dia 2 de maio, quando a magnitude da tragédia já era evidente, o Olímpico se tornou um local de recebimento de doações. Antes disso, o clube teve que preparar o espaço. O estádio em si não está em uso, apenas as estruturas complementares, como a área onde ficava a administração e a loja GrêmioMania. Até a capela do Olímpico tem sido utilizada como ponto de triagem e separação de doações de roupas.
A administração do local até providenciou um heliponto, para facilitar a chegada e a saída de helicópteros, onde antes ficavam os campos suplementares, utilizados para treinamentos. Com o auxílio de voluntários da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), conseguiram um trator com roçadeira, que aparou a grama alta e deixou o local pronto para pousos.
Itens como vestuário, calçados, água potável, artigos de higiene, colchões, cobertores, travesseiros e alimentos chegam de diversas regiões do Brasil. Atualmente, a maior demanda no Olímpico é por doações de alimentos. No entanto, essa necessidade é constante e o clube se esforça para manter uma comunicação eficaz por meio das redes sociais.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo