Se concretizada, a compra da International Paper por Suzano geraria receita superior a US$ 27 bilhões, aumentando sua operação a US$ 42 por ação. Negociação de aquisição, oferta verbal, pagamento em dinheiro: R$ 330 milhões. Quatro anos, a partir de Julho ‘XXxx’. Barreiras regulamentares, Ebitda: R$ 30-40 bilhões, EV/Ebitda: 6, vezes. Embalagens, papelão ondulado. Internationalização potencial, substituição executiva.
Em janeiro deste mesmo ano, Walter Schalka, CEO da Suzano, mencionou em um evento que a organização estava iniciando uma abordagem mais concentrada na sua aquisição internacional. Poucas semanas depois, surgiu a notícia de que o executivo seria substituído, em julho, por João Alberto Fernandez de Abreu, anteriormente CEO da Rumo. A companhia brasileira de papel e celulose pode estar próxima de uma mudança de liderança.
Considerando a movimentação no mercado, especula-se que a Suzano esteja se preparando para uma possível aquisição ou fusão. Os rumores de merger ou takeover circulam intensamente, dando margem a diversas análises por parte dos investidores e especialistas do setor. É evidente que a empresa está em um momento de transição e pode surpreender o mercado com uma estratégia arrojada nos próximos meses.
Planos de Aquisição Internacional da Suzano
Os planos de aquisição internacional da Suzano parecem bem encaminhados, de acordo com uma reportagem recente da agência Reuters. Segundo fontes ligadas à negociação, a Suzano teria feito uma oferta de quase US$ 15 bilhões para adquirir a International Paper, em uma proposta verbal feita ao Conselho de Administração da empresa americana. A proposta prevê o pagamento em dinheiro, no valor de US$ 42 por ação, o que representa uma tentativa significativa de aquisição por parte da Suzano.
A notícia gerou certo receio no mercado, com alguns investidores temendo que a Suzano pudesse oferecer um valor maior do que o inicialmente divulgado. Um gestor que investe em ações da SUZB3 expressou sua preocupação com a demora da empresa em divulgar informações relevantes sobre a possível transação. No entanto, a agência Reuters destacou que há uma inclinação para rejeitar a oferta da Suzano, possivelmente devido a algumas condições colocadas pela empresa brasileira.
Uma das condições levantadas pela Suzano para a concretização do acordo é a suspensão da aquisição da britânica DS Smith pela International Paper, que foi anunciada em abril deste ano por US$ 7,2 bilhões. Caso as barreiras para a negociação sejam superadas, o acordo entre a Suzano e a International Paper poderia acontecer cerca de quatro anos após a International Paper vender suas operações no Brasil para a Klabin, por um valor de R$ 330 milhões, marcando um importante movimento de substituição no setor.
Essa possível fusão entre a Suzano e a International Paper não apenas marcaria a entrada da Suzano no mercado de embalagens e papelão ondulado, mas também criaria uma grande empresa no setor de papel, celulose e embalagens. Com base nos balanços financeiros de 2023, a receita combinada das duas empresas seria de mais de US$ 27 bilhões, com um volume de vendas total de 27,1 milhões de toneladas em embalagens.
Os cálculos da Levante Insider Corp estimam que a nova empresa teria um Ebitda projetado entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões, com a negociação ocorrendo a um múltiplo EV/Ebitda de 6 vezes. Levando em consideração as avaliações atuais, o valor de mercado combinado das duas empresas seria superior a US$ 26 bilhões.
Impacto da Aquisição nos Números e Operações
Em termos de produção, o novo grupo resultante da fusão contaria com um total de 34 fábricas de celulose, papel e embalagens, sendo que a International Paper ampliaria significativamente esse número, adicionando 28 estruturas à operação. Além disso, a International Paper possui mais de 200 unidades de conversão de caixas de papelão e 18 de reciclagem em sua rede, expandindo ainda mais a capacidade operacional e logística da empresa combinada.
A presença internacional da International Paper, com operações em mais de 10 países e uma base de clientes superior a 21 mil, complementaria a atuação da Suzano, que já possui escritórios em vários países, incluindo representação na China e presença nos Estados Unidos, Suíça, Argentina e Áustria. Esse movimento de aquisição também seria uma estratégia para internacionalizar a empresa, tanto em termos de diversificação de produtos quanto de expansão geográfica, como sugerem os analistas do BTG em um relatório aos clientes.
Apesar das incertezas e das preocupações levantadas pelo mercado em relação a essa possível negociação, a reação inicial dos investidores foi mista. Na B3, as ações da Suzano encerraram o pregão em queda de 12,27%, enquanto os papéis da International Paper fecharam as negociações na bolsa de Nova York com uma alta de 5,20%. Esse panorama reflete a complexidade e as expectativas em torno da possível aquisição, que promete trazer mudanças significativas para o setor de papel e embalagens.
Fonte: @ NEO FEED
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