A partir de 1º de novembro, clubes de futebol argentinos poderão se tornar Sociedades Anônimas Desportivas (SADs) como as SAFs no Brasil; estimativa do governo é de até US$ 3 bilhões.
A partir de 1º de novembro, os times de futebol brasileiros terão a oportunidade de se transformar em Sociedades Desportivas (SADs), similar às Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) da Argentina, trazendo uma nova perspectiva para a gestão no mundo do futebol.
Essa mudança promete revolucionar o cenário futebolístico brasileiro, permitindo uma maior profissionalização e transparência nos clubes, o que certamente impactará positivamente o desenvolvimento do futebol no país. Além disso, a adoção desse modelo pode abrir portas para novos investimentos e parcerias no meio futebolístico, fortalecendo ainda mais a competitividade e a estrutura dos clubes.
O futebol argentino e as mudanças nas sociedades desportivas
No contexto do futebol argentino, as equipes estão passando por transformações significativas. Agora, elas podem permitir a entrada de capital privado e aceitar associações civis e fundações como acionistas. A Inspeção-Geral da Justiça (IGJ) emitiu uma resolução recente que traz desregulamentações e flexibilizações de procedimentos presentes em dois artigos do decreto DNU 70, habilitando as sociedades desportivas a se adaptarem a novos modelos de gestão.
Antes da seleção argentina conquistar a Copa América, o presidente Javier Milei fez declarações que geraram debate. Ele questionou o papel das corporações esportivas no futebol, levantando a questão sobre a oposição da AFA a essas entidades, mesmo permitindo que os jogadores da seleção atuem em empresas esportivas no exterior. Milei destacou a importância de repensar a estrutura atual, afirmando que as Sociedades Anônimas Desportivas (SADs) serão facultativas, deixando a escolha nas mãos daqueles que desejam adotar esse modelo.
Em uma entrevista realizada no início do ano, Milei mencionou o potencial de investimentos no futebol argentino, que poderiam chegar a valores entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3 bilhões, graças às mudanças jurídicas em discussão. Esse tema provocou debates intensos, inclusive durante a última eleição do Boca Juniors em dezembro, onde diferentes visões se confrontaram. O grupo liderado por Mauricio Macri, defensor da abertura ao capital privado, enfrentou o grupo liderado por Juan Román Riquelme, que se opunha à medida.
Outro defensor das mudanças é Sebastián Verón, ex-jogador e atual presidente do Estudiantes de La Plata. Em janeiro, a AFA obteve uma medida cautelar contra os artigos 335 e 345 do Decreto de Necessidade e Urgência nº. 70/2023, demonstrando a complexidade e a importância das discussões em torno das sociedades desportivas no cenário do futebol argentino.
Fonte: @ Info Money
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