Exame ampliado rastreia 52 doenças, incluindo triagem neonatal, precocemente manifestadas, ampliando o número de enfermidades detectadas.
Dos mais de 2 milhões de bebês nascidos anualmente no Brasil, somente 7% são submetidos ao teste do pezinho ampliado para detecção precoce de doenças raras e potencialmente graves. A triagem ampliada pode revelar até 52 condições, em contraste com as sete identificadas pelo teste do pezinho convencional.
A triagem neonatal ampliada é essencial para garantir um rastreamento pré-coce eficaz de condições de saúde que podem impactar o desenvolvimento dos recém-nascidos. Realizar esse exame neonatal ampliado pode fazer toda a diferença na identificação precoce de possíveis enfermidades e no início do tratamento adequado. rastreamento
Manifesto em Defesa do Teste do Pezinho Ampliado
No Dia Nacional da Triagem Neonatal, celebrado nesta quinta-feira (6), diversas entidades se uniram para preparar um manifesto crucial a ser entregue ao Ministério da Saúde em breve. O teste do pezinho é reconhecido como uma ferramenta fundamental para o rastreamento pré-coce de doenças genéticas, metabólicas e infecciosas que podem impactar o desenvolvimento infantil.
Em maio de 2021, a Lei 14.154 trouxe avanços significativos ao ampliar para mais de 50 o número de enfermidades raras detectáveis por meio do exame disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, as mudanças propostas só começaram a ser implementadas em maio de 2022, e a expansão do teste está sendo realizada de forma gradual.
O manifesto destaca a necessidade urgente de acelerar a implementação do teste do pezinho ampliado no Brasil. Após três anos da aprovação da lei, os progressos nesse sentido têm sido insuficientes, resultando em uma demora injustificável que coloca em risco muitas vidas, conforme apontam as associações envolvidas.
É alarmante observar a discrepância entre os estados brasileiros no que diz respeito à triagem neonatal. Enquanto no Distrito Federal bebês são testados para mais de 60 enfermidades, em muitas maternidades pelo país, o número de doenças raras rastreadas ainda é limitado a apenas sete.
Estudos reiteram que a detecção precoce é fundamental para promover a saúde, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir os custos do sistema de saúde. No entanto, o cenário atual revela um movimento lento de expansão do Programa de Triagem Neonatal em âmbito estadual, conforme ressaltam as entidades signatárias do manifesto.
Minas Gerais, por exemplo, ampliou o escopo de doenças testadas para 15, um avanço, porém ainda distante das 52 enfermidades previstas na legislação atual.
O documento apresenta uma série de demandas ao governo federal, incluindo a necessidade de priorizar a expansão do Programa de Triagem Neonatal, estabelecer um grupo de trabalho para avaliar os desafios e necessidades reais da implementação da lei, promover uma escuta ativa com as associações de pacientes e desenvolver protocolos padronizados para garantir igualdade de acesso em todo o país.
Diversas organizações importantes assinam o manifesto, como Aliança Rara, Alianza Latinoamericana de AME, Associação Amiga dos Fenilcetonúrios do Brasil, entre outras, unidas em prol da ampliação e aprimoramento do teste do pezinho para salvar vidas e garantir um futuro mais saudável para as crianças brasileiras.
Fonte: @ Agencia Brasil
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