Basico: reunião de Comitê sobre decisões Selic: desacelera, corta juros, balanço Petrobras: lucro, membros colegiados mudam, primeiro trimestre, pagamento dividendos JCP; governo próximos passos, banco central cortes. Petrobras caiu: resultado atual.
A terça-feira começa movimentada, com os investidores atentos à divulgação da ata da última reunião do Comitê Monetário Policial – Copom. Desta vez, o relatório ganha destaque extra pois o Banco Central alterou sutilmente o curso da Política Monetária ao reduzir o ritmo de cortes na Selic em uma decisão que dividiu os membros do colegiado.
Essa mudança de direção do Copom reflete a cautela do Banco Central diante do cenário econômico atual. A atuação do Comitê é fundamental para a condução da Política Monetária e para a estabilidade financeira do país, demonstrando a importância das decisões tomadas pelo Banco Central em relação aos rumos da economia.
Decisão do Comitê Monetário Policial – Copom;
O dia ainda reserva a divulgação de dados de serviços referentes ao mês de março e a repercussão do balanço da Petrobras, que foi anunciado ontem ao término do pregão. A Petrobras registrou uma queda de 38% em seu lucro, totalizando R$ 23,7 bilhões neste primeiro trimestre. Esse resultado foi influenciado por vendas menores e certamente terá impacto na bolsa ao longo do dia.
Por um lado, a notícia do lucro pode gerar cautela, por outro, a distribuição de dividendos (um tema que recentemente gerou polêmica na empresa) pode trazer ânimo aos investidores. A Petrobras anunciou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares, referentes ao desempenho do primeiro trimestre do ano. Esse montante equivale a R$ 1,04161205 por ação ordinária (PETR3) e preferencial (PETR4).
A agenda corporativa divide espaço com os anúncios programados. Às 9h, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgará a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de março. De acordo com a mediana das 23 estimativas coletadas pelo Valor Data, a expectativa é de um crescimento de 0,2% no volume de serviços prestados no país em março em relação a fevereiro, com projeções variando entre queda de 0,4% e aumento de 1,4%.
Os dados de atividade econômica ganham relevância neste momento, pois não apenas refletem a situação da economia, mas também indicam possíveis pressões inflacionárias, uma preocupação atual do Banco Central (inclusive levando a uma desaceleração nos cortes da Selic).
Falando sobre a autoridade monetária, o Banco Central anunciará a ata da última reunião do Copom às 8h. Os investidores estarão atentos em busca de pistas sobre a razão da divisão na decisão. Cinco membros votaram por um corte mais suave de 0,25 ponto percentual, enquanto quatro (todos indicados pelo governo atual) apoiaram a manutenção do corte de 0,5 ponto percentual.
Além disso, o mercado está de olho nos próximos passos para tentar antecipar o rumo das decisões. Será que os cortes chegaram ao fim? Quantos mais virão? E, principalmente, quais fatores influenciarão essas respostas? Por isso, a atenção se volta para o documento divulgado.
No cenário internacional, os investidores acompanham o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, que será revelado às 9h30 de Brasília. Assim como no Brasil, o mercado busca indícios sobre as futuras ações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Se a inflação continuar forte, as expectativas de um corte de juros no curto prazo podem se enfraquecer. Por outro lado, um cenário diferente pode animar os mercados.
No final de abril, foi divulgado que a inflação medida pelo indicador PCE (o favorito do Fed) estava de acordo com as expectativas, trazendo esperanças de que o aumento dos preços possa estar sob controle. Agora, resta aguardar pelos próximos dados.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo