Restrições aos aluguéis visam conter o aumento dos custos de moradia e tornar a cidade mais acessível aos moradores.
Um dos destinos turísticos mais populares no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro anunciou nesta quarta-feira (26) que limitará o aluguel de imóveis por temporada até 2030, uma decisão importante para garantir a acessibilidade à moradia e evitar especulações imobiliárias.
Com a nova regulamentação, os moradores do Rio de Janeiro terão mais segurança em relação aos preços dos imóveis para aluguel, promovendo assim um ambiente mais equilibrado no mercado de aluguel por temporada. Além disso, a medida visa manter a identidade cultural da cidade e preservar a qualidade de vida de seus habitantes, garantindo que o aluguel continue acessível para todos.
Barcelona Anuncia Medida para Eliminar Aluguéis de Curto Prazo
A cidade de Barcelona está prestes a passar por uma grande mudança no mercado imobiliário. O prefeito Jaume Collboni revelou recentemente que, até novembro de 2028, serão eliminadas as licenças dos 10.101 apartamentos atualmente destinados a aluguéis de curto prazo. Essa decisão foi anunciada durante um evento do governo municipal, onde Collboni destacou a gravidade da situação.
O aumento exponencial dos aluguéis por temporada em Barcelona tem impactado significativamente a vida dos residentes locais. Com um aumento de 68% nos aluguéis nos últimos 10 anos e um aumento de 38% no custo da compra de imóveis, muitas pessoas estão enfrentando dificuldades para encontrar moradia acessível na cidade. Segundo Collboni, o acesso à moradia tornou-se um fator de desigualdade, especialmente para os jovens.
A Espanha, como um dos destinos de férias mais populares do mundo, tem se beneficiado economicamente do turismo. No entanto, a exclusão dos moradores locais de determinadas áreas devido à preferência por aluguéis lucrativos para turistas tem levantado questões sobre gentrificação e desigualdade social em toda a Europa. Para lidar com essa questão, diversos governos locais têm implementado restrições aos aluguéis de curto prazo em cidades como Lisboa, Berlim e as Ilhas Canárias.
A ministra da Habitação da Espanha, Isabel Rodríguez, expressou apoio à decisão de Barcelona, enfatizando a importância de garantir moradias acessíveis para todos. Enquanto isso, a associação de apartamentos turísticos de Barcelona alertou para as possíveis consequências negativas da proibição, alegando que poderia resultar em um aumento de apartamentos de temporada ilegais e beneficiar os hotéis da região.
Collboni afirmou que os 10.000 apartamentos afetados pela medida serão realocados para uso dos moradores locais ou colocados no mercado para aluguel ou venda. O governo local de Barcelona reforçou seu compromisso em combater apartamentos turísticos ilegais, mantendo um rígido regime de inspeção para garantir o cumprimento da nova regulamentação.
Com essa iniciativa, Barcelona busca equilibrar o mercado imobiliário e garantir que a cidade continue sendo um lugar acessível e acolhedor para seus residentes. A proibição dos aluguéis de curto prazo é apenas o primeiro passo em direção a um futuro mais sustentável e inclusivo para todos que chamam Barcelona de lar.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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