ESPN divulga notícias sobre possível paralisação do Brasileirão. Conselho da Série A debate adiamento de jogos na CBF. Técnicos e divisões inferiores afetados. Maioria da diretoria favor articulação. Intercorrência geral de jogos em questão. Conselho e CBF discutem.
O comunicado emitido pelo Flamengo na tarde desta quarta-feira (15) pedindo a intervenção da CBF se une aos apelos do São Paulo e outros 9 clubes da elite do Futebol Nacional, formando maioria na Série A pela intervenção da entidade.
No segundo parágrafo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está sob pressão para atender aos pedidos dos clubes e garantir a segurança dos jogadores e equipes. A CBF precisa agir rapidamente para resolver a situação e manter a integridade do campeonato.
A articulação da CBF para manter os jogos em andamento
Mas, afinal, por que a CBF, mesmo afirmando respeitar a vontade dos clubes, não decide interromper a competição imediatamente? O ESPN.com.br teve acesso a informações de integrantes do núcleo forte do presidente Ednaldo Rodrigues e mediadores dos principais setores da Confederação Brasileira de Futebol para compreender a movimentação política por trás da escolha de prolongar a situação até o Conselho Técnico agendado para o próximo dia 27.
É crucial salientar que a CBF se posiciona de forma contrária à paralisação de suas competições. Oficialmente, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, reitera que irá ouvir a posição dos clubes e que a vontade deles será levada em consideração. Nos bastidores, porém, atenta ao calendário e aos interesses de parceiros comerciais, a direção da confederação se movimenta para evitar o adiamento dos jogos.
Diante da maioria formada pelos clubes da Série A, Ednaldo e seus aliados trabalham em conjunto com as equipes das séries B, C e D para que essas não optem pela paralisação. O presidente ressalta aos mediadores que não faz sentido interromper apenas uma divisão. Caso não haja consenso nas divisões inferiores, a CBF buscará manter a continuidade da Série A, mesmo diante da maioria já estabelecida até o momento.
É importante destacar que decisões anteriores, como o pedido de paralisação do Brasileirão durante a Data Fifa, foram rejeitadas mesmo com a maioria dos clubes solicitando. A CBF argumenta que um adiamento geral dos jogos após o final de maio afetaria o calendário. As Datas Fifa de setembro, outubro e novembro seriam utilizadas para partidas do Brasileiro, e qualquer nova intercorrência poderia resultar no término do torneio após a data prevista, prejudicando férias e outros compromissos.
Consciente do tempo necessário para essa articulação, Ednaldo e sua diretoria adiaram o Conselho Técnico para o dia 27 de maio, mesmo diante da urgência do cenário. Além disso, o dirigente estará fora do Brasil até o dia 18, representando o país no Congresso Técnico da Fifa que confirmará a realização da Copa do Mundo Feminina de 2027 em solo brasileiro.
Com uma gestão marcada pelo estilo centralizador de seu presidente, nenhuma decisão que demande maior discussão será tomada na ausência física de Ednaldo. Outro ponto ao qual ele se apoia é a insegurança jurídica de uma paralisação abrupta do Brasileirão. Segundo o corpo de advogados que assessora a diretoria da CBF, um adiamento dos jogos sem o consentimento de todos os clubes poderia abrir brechas para uma série de ações judiciais questionando a medida.
A falta de unanimidade também joga a favor do tempo necessário para a confederação postergar uma decisão definitiva. Mesmo com parte dos principais clubes do país, opinião pública e Ministério do Esporte se opondo à continuidade do campeonato, Ednaldo ainda conta com um considerável número de times das divisões inferiores ao seu lado.
Fonte: @ ESPN
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