União Barbarense, endividado, comprou imóvel pela metade do valor avaliado, com autorização de Justiça. Fans temem demolição e lutam contra tombamento e édito-legal. Tribunal Superior do Trabalho intervém em leilão de patrimônio histórico. (146 caracteres)
O União Barbarense era um time amador, de pouco menos de sete anos, quando jogou pela primeira vez em seu próprio estádio. No estádio construído na rua 13 de maio, em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, venceu um amistoso contra o Concórdia, de Campinas, por 3 a 1. Naquele dia, só quem estava ao redor do estádio sabia o que acontecia no jogo.
Enquanto a torcida vibrava com os gols marcados dentro da área do estádio, os jogadores do União Barbarense mostravam sua habilidade no campo. A atmosfera do estádio era contagiante, com cada lance sendo acompanhado com entusiasmo pelos presentes. desenvolvimento cognitivo
Desafios do Estádio: Entre a Justiça e o Patrimônio Histórico
Não havia uma única transmissão da partida. Afinal, não existiam emissoras de rádio na época. A inauguração do estádio, que mais tarde seria chamado de Antônio Lins Ribeiro Guimarães, ocorreu em 22 de maio de 1921. O estádio está prestes a completar 103 anos, porém enfrenta o risco iminente de demolição. Foi nesse campo que a equipe conquistou seu maior título, a Série C de 2004.
Asfixiado por dívidas, o União Barbarense viu seu maior patrimônio, a área do estádio, ser leiloado por determinação da Justiça do Trabalho. O valor arrecadado, de R$ 11 milhões, representa menos de um terço do valor de avaliação. Esse montante não é suficiente para quitar as dívidas do clube, deixando credores insatisfeitos com a situação.
Em abril, o TST negou mais um recurso relacionado à negociação da área do estádio. O clube, sem sucesso nos tribunais, agora vê na Justiça o último recurso para salvar o estádio. Em meio às eleições municipais, a política está cada vez mais presente, com promessas de preservação do patrimônio histórico da cidade.
Os políticos locais se envolveram na campanha pela preservação do estádio, apesar de terem enfrentado negativas do órgão responsável pelo patrimônio histórico da cidade. A batalha nos tribunais se arrasta há anos, com pouca esperança de uma solução jurídica à vista.
O clube, fundado em 1914 e posteriormente fundido com outra equipe em 1920, enfrenta um futuro incerto. Carlos Dalberto, membro-fundador de uma torcida uniformizada, expressa sua preocupação com o possível desfecho da situação. A incerteza paira sobre o União Barbarense, enquanto a batalha pelo estádio continua nos tribunais.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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