Advogado vítima de fraude: golpe da falsa central, transferência de pontos, inconsistência no sistema, terminal de autoatendimento, leitura biométrica.
Via @portalmigalhas | Um advogado, vítima da fraude denominada ‘golpe da falsa central de atendimento’, tem direito a receber uma indenização de R$ 10 mil do Banco do Brasil.
O advogado lesado nesse golpe buscará seus direitos em nome do cliente prejudicado, garantindo que a justiça seja feita para a vítima e que a responsabilidade do Banco do Brasil seja reconhecida.
Advogado enfrenta fraude em transferência de pontos
Um advogado, cliente de longa data de uma instituição financeira, viu-se envolvido em uma situação delicada em dezembro de 2021. Ao buscar informações sobre a transferência de pontos de um programa de recompensas, deparou-se com uma série de eventos suspeitos. A história começa com uma notificação por e-mail, indicando a disponibilidade de pontos para trocas, seguida da necessidade de contato telefônico com a agência bancária. No entanto, uma inconsistência no sistema impediu a conclusão do procedimento inicialmente.
Decidido a resolver a questão, o advogado tentou novamente, mas foi surpreendido por uma ligação de um suposto gerente do banco. Este indivíduo, que se passava por funcionário da instituição, instruiu-o a dirigir-se a um terminal de autoatendimento com urgência para efetuar a transferência dos pontos. Acreditando na veracidade das informações, o cliente seguiu as orientações, inserindo seu cartão e realizando a leitura biométrica conforme solicitado.
No entanto, a situação tomou um rumo inesperado quando, após a conclusão do procedimento, o advogado recebeu notificações de transações não autorizadas. Um empréstimo de R$ 74 mil foi aprovado sem seu consentimento, seguido por uma transferência bancária de quase R$ 30 mil e o pagamento de uma conta de energia no valor de R$ 33,4 mil. Diante desses eventos, o cliente prontamente bloqueou sua conta e buscou amparo na Justiça.
Ao contestar as alegações do advogado, o Banco do Brasil argumentou que não possuía responsabilidade sobre as transações fraudulentas, alegando que se tratava de uma questão de segurança pública. Além disso, a instituição defendeu a validade do contrato de empréstimo, assinado eletronicamente via mobile, e destacou que o cliente utilizou o terminal de autoatendimento por conta própria.
No entanto, a 5ª vara Cível de Fortaleza, em outubro de 2023, rejeitou a alegação de ilegitimidade passiva do banco, considerando que a instituição permitiu as transações fraudulentas ocorrerem em seu sistema. O advogado, em busca de justiça, pleiteia o fim das cobranças indevidas e uma indenização por danos morais, enquanto o Banco do Brasil insiste em sua posição de não envolvimento nas operações suspeitas. A batalha legal entre advogado e instituição financeira continua, com desdobramentos ainda incertos.
Fonte: © Direto News
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