Biden e Sanders criticam preços elevados de medicamentos, alertando sobre riscos para programas de saúde devido a margens de lucro grandes.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez duras críticas em um comunicado recente aos valores ‘abusivos’ cobrados por grandes empresas de medicamentos pelos mais recentes tratamentos contra diabetes e obesidade.
Em sua declaração, Biden ressaltou a importância de tornar os medicamentos acessíveis a todos os cidadãos, destacando a necessidade de regulamentações mais rígidas para controlar os preços de remédios essenciais para a saúde da população.
Preocupações sobre os Medicamentos e a Pressão Eleitoral
Ele mencionou especialmente o Ozempic e o Wegovy, da Novo Nordisk, e o Mounjaro, da Eli Lilly. A situação de Biden é delicada, pois está enfrentando uma grande pressão devido à sua posição inferior ao concorrente republicano Donald Trump nas pesquisas eleitorais presidenciais. Além disso, ele tem sido duramente criticado por sua idade e desempenho em um debate recente com Trump na CNN.
No texto, escrito em conjunto pelo senador independente Bernie Sanders para o jornal USA Today, destaca-se a disparidade de preços que os americanos enfrentam em relação a medicamentos como o Ozempic e o Wegovy em comparação com consumidores de outros países. O custo mensal de um medicamento prescrito do hormônio GLP-1 chega a cerca de US$ 1.100 nos EUA.
Por que os residentes de Burlington, Vermont, pagam valores tão mais elevados do que os de Copenhague ou Berlim pelos mesmos remédios? Essa é a pergunta feita pelo presidente e pelo senador no artigo. Os autores apontam que essas discrepâncias se tornam ainda mais evidentes quando se analisam as margens de lucro das empresas envolvidas.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Yale em março revelou que esses medicamentos poderiam ser produzidos de forma lucrativa por menos de US$ 5 por mês ou US$ 57 por ano. Os cientistas da Novo Nordisk são elogiados no artigo pelo desenvolvimento dessas drogas, que têm o potencial de serem transformadoras para pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade em todo o mundo.
No entanto, apesar da importância desses fármacos, os autores argumentam que eles não beneficiarão os milhões de pacientes que não têm condições de adquiri-los. Há o alerta de que, se os preços não forem reduzidos significativamente, o sistema de saúde dos EUA corre o risco de colapso.
Biden e Sanders estimam que se metade dos adultos com obesidade utilizassem o Wegovy e outros novos medicamentos para perda de peso, isso poderia representar um custo de US$ 411 bilhões por ano. Isso é mais do que o total gasto pelos americanos em todos os medicamentos de venda livre em 2022.
Os autores ressaltam que a indústria farmacêutica obtém lucros exorbitantes ano após ano, enquanto muitos americanos enfrentam dificuldades para adquirir os medicamentos de que necessitam. De fato, as 10 maiores empresas farmacêuticas lucraram mais de US$ 110 bilhões no ano passado. Em 2023, a Novo Nordisk registrou um lucro superior a US$ 12
Fonte: @ Info Money
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