Pesquisa sobre privacidade e proteção de dados pessoais revela que comprar on-line e acessar bancos on-line são as principais preocupações dos usuários, envolvendo dados biométricos, transações bancárias e serviços financeiros.
No Brasil, a tecnologia avançada permite que os cidadãos acessem suas informações financeiras de forma rápida e segura. A biometria é uma das principais ferramentas utilizadas para garantir a autenticidade e a privacidade dos dados. Com a biometria, os usuários podem acessar suas contas bancárias e realizar transações financeiras de forma segura e eficiente.
Em 2023, a maioria dos brasileiros optou por realizar transações bancárias por meio de seus smartphones. Isso se deve, em grande parte, ao uso de tecnologias de reconhecimento facial e impressão digital, que permitem uma autenticação rápida e segura. Além disso, os dados biométricos são armazenados de forma segura, garantindo que as informações financeiras dos usuários sejam protegidas. Com a biometria, os brasileiros podem ter certeza de que suas transações financeiras são seguras e confiáveis. A tecnologia de biometria é o futuro da segurança financeira.
Biometria: um desafio para a privacidade
A utilização de biometria para acessar serviços financeiros é uma prática cada vez mais comum, mas muitos brasileiros ainda não se sentem confortáveis em fornecer seus dados biométricos para instituições financeiras. De acordo com a pesquisa ‘Privacidade e proteção de dados pessoais: perspectivas de indivíduos, empresas e organizações públicas no Brasil’, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 37% dos usuários de internet no Brasil se sentem ‘muito preocupados’ em fornecer dados biométricos para instituições financeiras, enquanto outros 46% se sentem apenas ‘preocupados’.
Esses resultados indicam que os usuários de internet percebem um alto potencial de dano relacionado a dados de transações financeiras, roubos de identidade e fraudes. A preocupação é maior com o setor bancário e com órgãos de governo em comparação com farmácias, academias, condomínios e outros estabelecimentos privados.
Segurança e biometria
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os aplicativos de bancos só são usados a partir da senha pessoal do cliente e que as transações estão protegidas por token, biometria facial e qualquer outro fator de segurança randômica que o banco do cliente ofereça. Além disso, a entidade recomenda que se use o bloqueio de tela inicial do aparelho celular e se ative a biometria facial/digital para acessar o celular e os aplicativos.
De acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, sete em cada dez bancos brasileiros (75%) utilizam atualmente a biometria facial na identificação de seus clientes como barreira de segurança.
Preocupações com a biometria
O receio com os dados biométricos não se restringe ao setor financeiro apenas. Órgãos de governo (35% e 38%) e transporte público (34% e 37%) também têm fatias consideráveis de usuários ‘muito preocupados’ e ‘preocupados’.
Os usuários se preocupam, com maior frequência, em fornecer a impressão digital e ao reconhecimento facial, cuja soma de usuários preocupados e muito preocupados é de 86% e 82%, respectivamente. Essa apreensão é maior que com outros tipos de dados pessoais sensíveis, tais como orientação sexual e cor ou raça.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) defende que nenhum consumidor deve ser obrigado a tirar uma foto do próprio rosto para acessar algum serviço, por considerar que não há relação direta entre a biometria e o serviço em questão.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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