Spirit lidera alta no mercado acionário dos EUA, com aumento de 3,6%, superando Boeing e Airbus em rara ascensão.
A Boeing concordou em recomprar a Spirit AeroSystems por US$ 4,7 bilhões em ações, e a Airbus decidiu assumir as atividades focadas na Europa da fornecedora, o que fez as ações das três empresas subirem em uma rara cisão transatlântica. A independência de quase duas décadas da maior empresa autônoma de aeroestruturas do mundo terminou em uma divisão entre seus maiores clientes após a última crise do Boeing 737 MAX, em janeiro. A crise foi desencadeada pela ruptura de um pedaço da fuselagem da aeronave em pleno voo, que trouxe à tona dúvidas sobre a resiliência da fabricação de fuselagens.
A gigante companhia aérea Boeing concordou em recomprar a Spirit AeroSystems por US$ 4,7 bilhões em ações, enquanto a companhia Airbus decidiu assumir as atividades focadas na Europa da fornecedora. Essa movimentação inesperada fez com que as ações das três empresas subissem, criando uma rara cisão transatlântica no mercado aeroespacial. A independência de quase duas décadas da maior empresa autônoma de aeroestruturas do mundo chegou ao fim, resultando em uma divisão entre seus maiores clientes após a crise do Boeing 737 MAX. A ruptura da fuselagem da aeronave em pleno voo gerou dúvidas sobre a resiliência da fabricação de fuselagens, impactando diretamente o setor aéreo.
Boeing: Aquisição da Spirit e Integração de Capacidades de Manufatura e Engenharia
A Boeing, empresa autónoma líder na fabricação de fuselagens e com reconhecidas capacidades de manufatura e engenharia, anunciou a recompra da Spirit, sua antiga subsidiária, por um valor corporativo de US$ 8,3 bilhões, incluindo dívidas. A cisão transatlântica das principais fábricas da Spirit em 2005 foi um movimento raro que agora se reverte com essa aquisição estratégica.
Reunir a Spirit e a Boeing permitirá uma maior integração das capacidades de manufatura e engenharia de ambas as companhias, incluindo sistemas de segurança e qualidade, conforme destacado pelo CEO da Spirit, Pat Shanahan, em comunicado. A decisão da Boeing de recomprar sua antiga subsidiária reflete um esforço para resolver problemas de segurança e reforçar sua linha de produção, especialmente após a crise do 737 MAX.
Enquanto as ações da Spirit subiam 3,6% no mercado acionário dos Estados Unidos, as da Boeing avançavam 2%, indicando confiança dos investidores nessa operação. A Boeing há muito considerava essa recompra, visando integrar as capacidades da Spirit e melhorar sua eficiência operacional.
A separação da Spirit da Boeing em 2005 foi criticada por focar na redução de custos em detrimento da qualidade, levando a Boeing a reconsiderar essa estratégia. A integração das duas empresas levanta questões sobre o futuro do trabalho da Spirit para a rival da Boeing, a Airbus, que já manifestou preocupações com possíveis mudanças no controle das fábricas relacionadas à empresa americana.
A Airbus, por sua vez, anunciou que assumirá atividades principais em quatro plantas da Spirit nos EUA, Irlanda do Norte, França e Marrocos, além de trabalhos menores atualmente realizados em Wichita. Esse acordo separado entre Airbus e Spirit foi coordenado entre as três empresas, sujeito à devida diligência.
Enquanto as ações da Airbus subiam cerca de 3,3% nesta segunda-feira, a movimentação no setor aéreo reflete a importância das relações entre as grandes empresas do ramo, como Boeing, Spirit e Airbus, em um mercado altamente competitivo e em constante evolução.
Fonte: © CNN Brasil
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