Dow Jones subiu 1,59% e atingiu recorde, S&P 500 avançou 0,87%, Nasdaq valorizou 0,25% na semana.
As principais bolsas de São Paulo tiveram um desempenho positivo nesta semana, mesmo com a inflação ao produtor, medida pelo índice IPP, apresentando um aumento moderado, mas seu núcleo, que desconsidera itens voláteis, permanecendo estável, contrariando as previsões. Além disso, as expectativas de inflação, divulgadas recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), caíram.
No cenário econômico nacional, a inflação ao consumidor continua sendo um ponto de atenção para os investidores, influenciando as decisões de mercado. A divulgação do índice de preços ao produtor também teve impacto, refletindo as expectativas de inflação para os próximos meses, o que pode influenciar as estratégias de investimento no curto prazo.
Índices de mercado e a influência da inflação
O índice Dow Jones apresentou um aumento de 1,59% ao longo da semana, atingindo um novo recorde histórico e fechando em 40.057,90 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 teve um avanço de 0,87%, alcançando 5.614,36 pontos, e o Nasdaq registrou uma valorização de 0,25%, chegando a 18.487,60 pontos. Durante a sessão de sexta-feira (12), os índices apresentaram altas de 0,76%, 0,68% e 1,03%, respectivamente. Entre as ações negociadas, o banco Wells Fargo se destacou ao sofrer uma queda de 5,97% após a divulgação de seu balanço do segundo trimestre, que ficou aquém das expectativas.
O índice de preços ao produtor (PPI) nos EUA teve um aumento de 0,2% de maio para junho, superando a projeção dos analistas de 0,1%. No entanto, o núcleo do PPI permaneceu estável, contrariando a expectativa de avanço de 0,2%. Paralelamente, foi divulgada a expectativa de inflação dos consumidores americanos, com dados preliminares da Universidade de Michigan apontando uma redução na projeção de alta de preços para os próximos 12 meses, passando de 3% para 2,9%, o menor nível desde março deste ano. A expectativa de inflação para os próximos cinco anos também caiu de 3% para 2,9%.
Apesar das boas surpresas relacionadas à inflação, o mercado mantém o otimismo em relação ao índice de preços ao consumidor (CPI), que mostrou uma desaceleração em junho. Isso levou os investidores a aumentarem as apostas de que o Federal Reserve (Fed) iniciará cortes em suas taxas de juros a partir de setembro. Paulo Gitz, estrategista global da XP, observa que, embora os resultados tenham sido positivos, houve uma mudança significativa na liderança dos mercados devido aos dados de inflação abaixo do esperado e às perspectivas de corte de juros pelo Fed.
Enquanto as grandes empresas de tecnologia tiveram um desempenho mais moderado, com apenas Apple e Nvidia apresentando ganhos na semana e o Nasdaq 100 encerrando com um aumento de apenas 0,5%, outros índices americanos tiveram um desempenho mais robusto. O S&P 500, sem a concentração no setor de tecnologia, registrou um avanço de 3,4%, o índice de dividendos Dow Jones subiu 4,7% e o índice de empresas de médio e baixo valor de mercado cresceu 6,4%.
O índice de ações globais, excluindo os EUA, teve um aumento de 2,2% ao longo da semana, superando o desempenho dos índices S&P 500 e Nasdaq. Houve também mudanças nos setores mais valorizados do S&P 500, com os setores Imobiliário e de Utilidades Públicas liderando as altas, com ganhos de mais de 4%. Essa rotação foi impulsionada pela perspectiva de queda nas taxas de juros, uma vez que ambos os setores são sensíveis a mudanças nas taxas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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