O mercado aguarda o CPI britânico nesta quarta-feira de manhã, com expectativas de suaves cortes nos índices de preços ao produtor.
As ações na Europa estão em alta nesta manhã de quarta-feira devido aos dados favoráveis de inflação no Reino Unido, que sinalizam possíveis cortes de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) e ao crescimento da atividade econômica e do emprego no segundo trimestre na zona do euro. O mercado também reage positivamente ao índice de preços ao produtor (PPI) mais fraco em julho nos EUA, o que aumenta as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). A divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) é aguardada para breve.
De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) do Reino Unido, o índice de preços ao produtor (CPI) teve um aumento de 2,2% em julho, superando os 2% registrados em maio e junho, mas ficando abaixo do consenso de 2,3%. Esses números indicam uma possibilidade de redução nas taxas de juros para estimular a economia e manter a inflação sob controle.
Cortes de juros impulsionam bolsas e desvalorizam a libra
No cenário econômico atual, é crucial analisar os números e as projeções para entender o impacto dos cortes de juros. O índice de preços ao consumidor britânico apresentou uma redução no núcleo, excluindo itens voláteis como alimentos e energia, passando de 3,5% para 3,3%. Essa diminuição sinaliza uma possível necessidade de mais cortes nos juros pelo Banco da Inglaterra (BoE), conforme apontado por Susannah Street, analista da Hargreaves Lansdown.
A expectativa de mais cortes nos juros pelo BoE tem impulsionado as bolsas e desvalorizado a libra. No início da manhã de quarta-feira, a libra registrava uma queda de 0,17% em relação ao dólar, chegando a US$ 1,28428. Ruth Gregory, economista da Capital Economics, destaca que o crescimento menor do índice de preços ao consumidor e a queda acentuada da inflação de serviços indicam que o processo de desinflação está progredindo, abrindo espaço para mais cortes de juros.
A inflação de serviços, que caiu de 5,7% em junho para 5,2% em julho, está sendo monitorada de perto pelo BoE. Essa redução é considerada um ponto-chave para o banco central, que pode considerar novos cortes de juros no futuro próximo. Sanjay Raja, economista-chefe do Deutsche Bank Research para o Reino Unido, ressalta a possibilidade de mais cortes ainda este ano, não descartando um novo corte em setembro.
Enquanto isso, na zona do euro, os dados preliminares do Produto Interno Bruto do segundo trimestre mostram um crescimento suave de 0,3% na base mensal e 0,6% na base anual. O emprego também apresentou um aumento de 0,2% na base mensal e 0,8% no ano. No mesmo período, o índice Stoxx 600 estava em alta de 0,18%, o FTSE 100 de Londres registrava um ganho de 0,36%, o Dax de Frankfurt avançava 0,33% e o CAC 40 de Paris tinha ganhos de 0,34%.
Essas informações são essenciais para compreender o cenário econômico atual e as expectativas em relação aos cortes de juros e suas consequências nos mercados financeiros. Este conteúdo foi originalmente publicado no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo