Apenas 14 das 169 metas foram cumpridas no balanço do Brasil no Relatório Nacional Voluntário do Fórum Político de Alto Nível sobre desenvolvimento sustentável.
Após seis anos, o Brasil trouxe novamente à Organização das Nações Unidas (ONU) um relatório sobre seus avanços em desenvolvimento sustentável. O Relatório Nacional Voluntário destaca a progressão do Brasil em cada um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, abrangendo o período de 2016 a 2022.
No contexto da sustentabilidade global, a agenda verde ganha destaque, reforçando a importância de metas ambientais ambiciosas. O compromisso com o desenvolvimento sustentável reflete a necessidade de ações concretas para alcançar um futuro mais equilibrado e saudável para as próximas gerações.
Desenvolvimento Sustentável: Relatório Nacional Voluntário do Brasil
No dia 17 de março, durante o Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, realizado na sede da ONU em Nova Iorque, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, fez a apresentação do relatório brasileiro. Neste relatório, o Brasil reforçou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a Agenda 2030.
O objetivo principal do relatório é apresentar o balanço da implementação das metas e objetivos do desenvolvimento sustentável no país, destacando a atuação brasileira em relação à agenda 2030 e buscando restabelecer sua imagem internacional como um protagonista nessa área.
De acordo com o documento, que abrange o período de 2016 a 2022, das 169 metas dos ODS, apenas 14 (8,2%) foram totalmente cumpridas. Além disso, 35 metas (20,7%) apresentaram evolução positiva, enquanto 26 (15,4%) não mostraram progresso e 23 (13,6%) sofreram retrocessos. Cerca de 71 metas (42%) não puderam ser adequadamente avaliadas devido à falta de dados disponíveis ou a irregularidades nas séries de dados coletados.
Macêdo destacou que, infelizmente, o Brasil enfrentou um cenário desafiador nos últimos anos, com políticas públicas fragilizadas e desmanteladas. O país viu um retorno ao Mapa da Fome, aumento da vulnerabilidade da população em saúde e pobreza extrema, e uma fragilização da democracia.
No entanto, o relatório também ressalta as ações tomadas pela atual gestão do governo federal a partir de 2023 para avançar na Agenda 2030 e nas metas dos ODS. Entre as iniciativas destacadas estão a recriação da Comissão Nacional dos ODS, a retomada de programas de combate à fome, pobreza e desigualdade, enfrentamento das emergências climáticas, preservação dos biomas, transição energética justa e sustentabilidade da Amazônia, defesa da democracia, igualdade racial, trabalho decente e participação da sociedade nas políticas públicas.
Macêdo enfatizou os resultados positivos alcançados, como a redução de 24,5 milhões de brasileiros em situação de fome e miséria extrema, graças a programas como o novo Bolsa Família, Cozinhas Solidárias, economia popular e outros. Além disso, foram lançados programas como o Plano Brasil Sem Fome, Programa de Aquisição de Alimentos, Programa de Aquisição de Alimentos para Merenda Escolar e Plano Safra da Agricultura Familiar e do Agronegócio, demonstrando o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável e a promoção da igualdade social e ambiental.
Fonte: @ Agencia Brasil
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