150 mulheres assinam manifesto nacional em frente ao movimento de lideranças femininas, em apoio à legislação brasileira.
Um grupo de mulheres participou na tarde desta quarta-feira (19) de protesto em Brasília contra o PL 1.904/2024 em frente à Câmara dos Deputados. Os atos, que pediam o arquivo do ‘PL da Gravidez Infantil’, como também é chamado, foi convocado pela Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do aborto; e pelo movimento da sociedade civil Criança Não é Mãe.
A discussão sobre a interrupção voluntária da gravidez é um tema complexo que envolve questões de saúde pública, direitos reprodutivos e autonomia das mulheres. O procedimento de interrupção da gestação deve ser debatido levando em consideração os direitos das mulheres de decidirem sobre seus corpos e seus futuros. É fundamental garantir o acesso seguro e legal a serviços de saúde que ofereçam apoio às mulheres que optam pela interrupção voluntária da gravidez. grupo
Aborto: Legislação Brasileira e Movimento Feminino
O Projeto de Lei em discussão equipara o aborto à homicídio e estabelece penas severas para mulheres que optarem pela interrupção voluntária da gravidez após 22 semanas de gestação. Essa proposta, caso aprovada, terá impacto significativo nos direitos reprodutivos das mulheres no país.
Atualmente, a legislação brasileira não estabelece um limite máximo para o procedimento de interrupção da gestação de forma legal. Diante desse cenário, um grupo de mulheres de diferentes regiões do Brasil se uniu em frente ao Congresso Nacional para manifestar sua oposição a essa proposta.
Lideranças femininas, incluindo a pastora Lusmarina Campos Garcia, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, destacam que o PL em questão representa uma tentativa de criminalizar as mulheres, indo de encontro às garantias constitucionais e tratados internacionais.
Para essas líderes, a proposta em discussão não tem fundamentos sólidos e parece ser uma estratégia para pressionar o governo em outras questões. Elas acreditam que o aborto e a saúde reprodutiva das mulheres estão sendo usados como moeda de troca por grupos fundamentalistas, em detrimento da vulnerabilidade social das pessoas.
A pastora Lusmarina critica a exploração da fé das pessoas em situação de vulnerabilidade e ressalta a importância de uma política social forte para atender às necessidades da população. Ela expressa preocupação com a possibilidade de certos grupos se aproveitarem da fragilidade das pessoas em nome da religião.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, sinalizou que o PL 1.904 será debatido no próximo semestre, garantindo que não irá retroceder nos direitos já conquistados pelas mulheres. Enquanto isso, membros do movimento ‘Criança não é Mãe’ protestam contra essa proposta, defendendo os direitos das mulheres e a autonomia sobre seus corpos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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