VSR é a principal causa de internação e morte de bebês por complicações após sintomas gripais, devido às vias mais estreitas.
A bronquiolite é uma condição que preocupa muitas famílias. Em certo momento, o bebê começa a ter sintomas como coriza e tosse, que podem ser confundidos com um simples resfriado. No entanto, a situação pode se agravar rapidamente, levando a dificuldades respiratórias e chiado no peito.
As complicações da bronquiolite podem ser sérias, especialmente em bebês. Além disso, a doença é causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório, que é altamente contagioso. É fundamental estar atento aos primeiros sinais e buscar ajuda médica para evitar infecções respiratórias mais graves.
Bronquiolite: uma condição respiratória comum em bebês
Bronquiolite é uma condição que afeta os bronquíolos, as vias mais estreitas dos pulmões, causando inflamação. Muitas vezes, essa condição pode se agravar rapidamente, especialmente em bebês e crianças pequenas. Contrariando a crença popular, a bronquiolite não é causada pelo frio, mas sim por agentes infecciosos que tendem a circular com mais intensidade durante o inverno.
Um dos principais agentes infecciosos associados à bronquiolite é o vírus sincicial respiratório, também conhecido como VSR. No Brasil, o VSR é responsável por um grande número de internações e até mesmo mortes em crianças pequenas, especialmente após apresentarem sintomas gripais. Essas complicações respiratórias podem levar a uma condição grave chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Dados da plataforma Infogripe, da Fiocruz, revelam que, até o dia 20 de julho, mais de 22 mil casos de bronquiolite em crianças de até 2 anos foram registrados, resultando em quase 200 óbitos. Esses números são preocupantes e indicam a importância de monitorar de perto a saúde respiratória dos pequenos.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Infogripe, destaca um aumento nos casos de bronquiolite este ano, comparado ao mesmo período do ano anterior. A testagem viral mais ampla em pacientes com sintomas respiratórios tem contribuído para identificar o VSR com mais precisão, evidenciando sua relevância no cenário da saúde infantil.
Apesar de ainda não existir uma vacina específica para o VSR em bebês, a Anvisa autorizou o uso de uma vacina destinada a gestantes, visando proteger os recém-nascidos por meio da transferência de anticorpos. A Pfizer solicitou a avaliação da inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações, com eficácia comprovada na prevenção de formas graves da doença em bebês.
A diretora médica da Pfizer no Brasil, Adriana Ribeiro, ressalta a segurança e eficácia da vacina, baseada em estudos que envolveram milhares de gestantes em diversos países. A vacinação pode ser uma medida crucial para proteger os bebês contra complicações respiratórias causadas pelo VSR, contribuindo para a saúde e bem-estar da população infantil.
Fonte: © CNN Brasil
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