Ao todo, 30 parlamentares são pré-candidatos a prefeito nas capitais; 27 são deputados federais e 3, senadores. Alguns despontam como candidatos, com recursos destinados às emendas de um congressista.
Nas eleições deste ano, Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo são as capitais brasileiras com mais congressistas que pretendem disputar o comando das respectivas prefeituras, segundo levantamento da CNN. Ao todo, ao menos 30 parlamentares são possíveis pré-candidatos a prefeito nas capitais. Entre eles, 27 são deputados federais e três, senadores.
Em cada município, a corrida pela prefeitura promete ser acirrada, com diversos representantes políticos buscando a oportunidade de liderar suas cidades. A diversidade de candidatos reflete a pluralidade de ideias e propostas para o futuro de cada município. A participação ativa dos eleitores será fundamental para escolher o melhor rumo para o desenvolvimento de cada localidade.
Prefeitura: Parlamentares despontam como pré-candidatos ao prefeito
Há ainda o caso do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que pode ser lançado como candidato a vice na chapa à reeleição encabeçada por João Henrique Caldas (PL), o JHC. Grupo de Bolsonaro em SP se divide sobre candidaturas em Santos e Guarulhos. Cotado para vice de Datena, Covas Neto assume federação do PSDB-Cidadania. PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio segunda-feira (22). Outro caso, que não está incluído no levantamento, é o do deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB), pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa, no município da Paraíba. O parlamentar decidiu se licenciar do mandato por 120 dias para se dedicar à campanha. A licença começou em 17 de junho.
O professor de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) Sergio Simoni Junior explicou à CNN que o movimento de parlamentares despontarem como candidatos nas eleições municipais é frequente e antigo. Os parlamentares influentes têm muito poder, mas um parlamentar médio tem menos poder do que a maioria dos prefeitos das cidades grandes do Brasil. Um chefe do Executivo tem decisão sobre políticas públicas, lida com recursos historicamente mais vultuosos. Segundo o especialista, a candidatura de um congressista nas eleições municipais traz mais vantagens do que desvantagens para o indivíduo.
‘Muitas vezes, ele já tem ligação com essa cidade [que disputará]. Então, ele é um representante do Estado, mas a base eleitoral dele gira em torno daquela cidade. Muitas vezes ele já foi vereador, ele fez carreira lá. Então ele consegue fazer esse discurso de campanha de uma maneira relativamente fácil’, avalia. Outra vantagem são as emendas parlamentares, que são recursos destinados ao Congresso para que os parlamentares possam fazer alterações no orçamento anual. ‘Ele também pode usar suas emendas orçamentárias, o que está ficando cada vez mais forte nos últimos anos, para direcionar recursos para aquele município e dessa forma usar isso na campanha’, diz Simoni Junior. Além disso, os deputados e senadores têm a vantagem de não precisar abrir mãos dos atuais mandatos para concorrer nas eleições municipais.
‘Ele só pede uma licença, diferente dos ocupantes dos cargos eletivos executivos’, explica o especialista. Por outro lado, um ‘possível malefício dessa situação é que seria importante a gente ter uma certa estabilidade de políticos que ficam nas Casas legislativas e assim constroem expertise e acumulam o conhecimento, constroem uma estrutura de capacidades do acúmulo de experiência que pode acabar fortalecendo a qualidade do trabalho do Poder Legislativo’, pontua o professor. Segundo o compilado feito pela CNN, nas capitais, as pré-candidaturas de parlamentares a prefeito nas eleições deste ano se dividem da seguinte maneira: Belo Horizonte (MG) Carlos Viana (Podemos), senador Duda Salabert (PDT), deputada federal Rogério Correia (PT), deputado federal Fortaleza (CE) André Fernandes (PL), deputado federal Célio Studart (PSD), deputado federal Eduardo Girão (Novo), senador Campo
Prefeitura: Parlamentares despontam como pré-candidatos ao prefeito
Grande destaque para a movimentação política que envolve a possível candidatura de parlamentares para a prefeitura, como o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que pode ser lançado como candidato a vice na chapa à reeleição liderada por João Henrique Caldas (PL), o JHC. Esse cenário tem gerado divisões e discussões em grupos políticos, como o de Bolsonaro em São Paulo, que avaliam candidaturas em Santos e Guarulhos. Além disso, há expectativas em relação à possível candidatura de Covas Neto como vice de Datena, assumindo a federação do PSDB-Cidadania. O PL oficializou a candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio na segunda-feira (22).
Outro caso relevante, que não foi abordado no levantamento inicial, é o do deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB), que se coloca como pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa, no município da Paraíba. Ele optou por se licenciar do cargo por 120 dias para se dedicar à campanha, iniciando a licença em 17 de junho.
O professor de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), Sergio Simoni Junior, destacou em entrevista à CNN a frequência com que parlamentares se lançam como candidatos nas eleições municipais, ressaltando que essa prática é antiga. Ele pontuou que, embora parlamentares influentes tenham poder, um parlamentar médio tem menos influência do que a maioria dos prefeitos de grandes cidades do Brasil. Os chefes do Executivo municipal têm decisões sobre políticas públicas e lidam com recursos consideravelmente mais vultosos.
Simoni Junior ressaltou que a candidatura de um congressista em eleições municipais traz mais benefícios do que desvantagens para o indivíduo, especialmente pela conexão prévia que muitos têm com a cidade que desejam representar. Ele também destacou o uso das emendas parlamentares, recursos destinados ao Congresso para ajustes no orçamento anual, como uma vantagem para direcionar recursos para o município em campanhas eleitorais. Além disso, deputados e senadores não precisam renunciar aos mandatos atuais para concorrer às eleições municipais, bastando solicitar uma licença.
Por outro lado, Simoni Junior alertou para a possível perda de estabilidade política ao deslocar parlamentares para cargos executivos, enfraquecendo a expertise e a qualidade do trabalho legislativo. O professor destacou que, segundo levantamento da CNN, nas capitais, as pré-candidaturas de parlamentares a prefeito estão distribuídas da seguinte forma: em Belo Horizonte (MG), Carlos Viana (Podemos), senador; Duda Salabert (PDT), deputada federal; Rogério Correia (PT), deputado federal. Em Fortaleza (CE), André Fernandes (PL), deputado federal; Célio Studart (PSD), deputado federal; Eduardo Girão (Novo), senador.
Fonte: @ CNN Brasil
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