Uso de áreas verdes para drenar água da chuva é eficaz contra tragédias naturais, como chuvas torrenciais, efeito das mudanças climáticas em regiões litorâneas e serranas.
A maior tragédia natural da história do Rio Grande do Sul acendeu o alerta na cidade-esponja para muitas pessoas que não acreditavam no impacto das mudanças climáticas. Eventos como esse têm se tornado cada vez mais frequentes em diversas regiões do planeta.
Essa situação também serve como um aviso para outras localidades, como o município-esponja e a metrópole-esponja, sobre a importância de se preparar para os desafios que o clima em constante transformação pode trazer. A conscientização e a ação preventiva são fundamentais para lidar com as consequências das alterações ambientais em nossas comunidades.
A Importância das Cidades-Esponja na Prevenção de Tragédias Naturais
No Brasil, é recorrente testemunhar tragédias naturais em diversas regiões, como o litoral norte de São Paulo, sul da Bahia e a região serrana do Rio de Janeiro. O efeito das mudanças climáticas tem resultado na intensificação das chuvas torrenciais, levando a enchentes e colocando em risco a população local. Diante desse cenário preocupante, autoridades e especialistas têm buscado alternativas para mitigar os impactos desses eventos extremos.
Uma dessas soluções inovadoras são as chamadas ‘cidades-esponja’. Esse conceito, também conhecido como município-esponja ou metrópole-esponja, visa implementar um planejamento hídrico eficiente em áreas urbanas, promovendo a criação de espaços verdes, ampliando as áreas de drenagem e favorecendo a irrigação natural. Essa abordagem tem se mostrado eficaz em diversas partes do mundo, incluindo regiões da China, Europa e algumas cidades brasileiras.
Um exemplo emblemático é a cidade de Jinhua, na China, que enfrentava constantes enchentes devido ao encontro de dois grandes rios. Após a implementação do projeto de transformação em cidade-esponja em 2013, a região viu uma significativa redução nos alagamentos. Os rios foram revitalizados, áreas asfaltadas deram lugar a parques com vegetação, resultando em benefícios tanto para o controle de enchentes quanto para o bem-estar da comunidade local.
No Brasil, a cidade de Curitiba se destaca há décadas por adotar práticas de cidade-esponja. Parques como o Barigui atuam como verdadeiras esponjas, armazenando água da chuva e evitando inundações em períodos de fortes precipitações. Além disso, esses espaços verdes contribuem para a preservação ambiental e o lazer da população.
É fundamental compreender que o conceito de cidade-esponja vai além dos parques urbanos. Envolve a interconexão de toda a superfície da cidade a espaços que possam absorver e drenar a água de forma eficiente, reduzindo os impactos das chuvas intensas e prevenindo tragédias naturais. Investir nesse modelo de urbanização sustentável é essencial para tornar as cidades mais resilientes diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
Fonte: @Olhar Digital
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