Autoridades iniciaram investigação preliminar na segunda-feira, convocando diretores para depor sobre lavagem de dinheiro em contrato de patrocínio.
A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação preliminar rápida na segunda-feira passada sobre a suspeita de envolvimento de um ‘laranja’ no repasse de parte da comissão pela intermediação do contrato de patrocínio máster entre o Corinthians e VaideBet. A suspeita é de que o ‘laranja’ tenha facilitado a transação de forma ilícita, prejudicando as partes envolvidas.
Além disso, há indícios de que o ‘laranja’ tenha utilizado sua influência para garantir vantagens indevidas, o que levanta questões sobre a transparência do processo. A polícia está analisando de perto os detalhes do caso, incluindo possíveis conexões com outros indivíduos suspeitos. A investigação também visa esclarecer se houve algum tipo de pressão por parte do ‘laranja’ para que o contrato fosse fechado de forma desonesta, colocando a reputação das empresas envolvidas em riscos.
Investigação em andamento sobre possível esquema de lavagem de dinheiro envolvendo contrato de patrocínio laranja
A investigação em curso ainda está em sua fase inicial, com a coleta de informações básicas que podem levar à abertura de um inquérito investigativo relacionado ao acordo de patrocínio que promete gerar uma receita de R$ 360 milhões para o clube nos próximos três anos. O caso está sendo tratado pelo Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC) e pela terceira delegacia, especializada em casos de lavagem de dinheiro, com o delegado Tiago Fernando Correia à frente das investigações.
Segundo a ‘ESPN’, a notícia sobre o início das investigações foi corroborada por fontes policiais que confirmaram o envolvimento do DPPC. Além disso, o departamento está ampliando a apuração para verificar possíveis conexões com outro caso em andamento que também envolve o Corinthians. No ano passado, autoridades detectaram indícios de lavagem de dinheiro antes da eleição do clube, sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, mas até o momento não foram encontradas evidências concretas.
As autoridades estão se baseando em reportagens para identificar possíveis irregularidades na intermediação do contrato entre o Corinthians e a VaideBet. Recentemente, o ‘UOL’ divulgou informações sobre uma empresa suspeita, a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda., que teria recebido parte dos valores acordados na transação. Dos R$ 25 milhões destinados como comissão, a Rede Social Media Design Ltda., cujo sócio é Alex Cassundé, recebeu duas parcelas de R$ 700 mil.
Diante dessas revelações, o Corinthians notificou a empresa intermediária e aguarda esclarecimentos sobre a possível ligação com um esquema de ‘laranja’. A VaideBet, por sua vez, declarou que avaliará os próximos passos e não descarta a rescisão do contrato, caso necessário. A empresa afirmou que toda a negociação foi conduzida por um agente intermediário e que não houve contato com outras empresas para tratar do acordo de patrocínio.
A situação permanece sob escrutínio, com a expectativa de que mais detalhes venham à tona à medida que a investigação avança. A transparência e a integridade nas relações contratuais são essenciais para preservar a credibilidade do esporte e garantir que acordos de patrocínio sejam firmados de maneira ética e legal.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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