A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer revisou estudos epidemiológicos recentes sobre a relação entre celulares e câncer após uma década.
Em 31 de maio de 2011, um comunicado de imprensa abalou a indústria tecnológica e a sociedade como um todo. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) tomou uma decisão que gerou grande controvérsia ao classificar a radiação emitida pelos celulares como “possivelmente cancerígena para os seres humanos”. Essa classificação trouxe à tona a preocupação com o impacto da tecnologia na saúde humana, especialmente em relação ao câncer.
A decisão da IARC foi baseada em estudos que sugerem uma possível ligação entre a exposição prolongada à radiação eletromagnética e o desenvolvimento de tumores malignos. Embora a relação entre a radiação dos celulares e a doença ainda seja objeto de debate, a classificação da IARC como “possivelmente cancerígena” serviu como um alerta para a necessidade de mais pesquisas e precauções. A neoplasia, ou crescimento anormal de células, é um processo complexo que pode ser influenciado por vários fatores, incluindo a exposição a substâncias químicas e radiação. A prevenção é a melhor arma contra a doença.
Desvendando o Mistério do Câncer e os Telefones Celulares
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou os telefones celulares como ‘possivelmente carcinogênicos para humanos’ em 2011. No entanto, essa decisão foi baseada em estudos de baixa qualidade e inconclusivos que mostraram algumas associações entre o uso de telefones celulares e certos tipos de tumor cerebral, como glioma e neuroma acústico. A doença maligna que mais preocupava era o câncer cerebral.
A IARC reconheceu que os estudos eram inconclusivos, mas problemas de comunicação coletiva contribuíram para a crença de que telefones celulares e antenas causam câncer. No entanto, estudos mais recentes e abrangentes não encontraram evidências de um aumento significativo de gliomas, meningiomas ou neuromas acústicos.
Estudos Epidemiológicos e a Busca por Evidências
Em outubro de 2011, estudos mais amplos já descartavam qualquer ligação entre os celulares e o câncer. A IARC manteve sua classificação, mas não planejava revisá-la até que houvesse dados mais conclusivos. Agora, com a análise de 63 estudos epidemiológicos realizados nos últimos 30 anos, que totalizam milhões de pessoas em 22 países, as evidências mais recentes sugerem que os telefones celulares provavelmente não causam câncer.
A equipe internacional de pesquisadores não encontrou nenhuma evidência de um aumento significativo de qualquer tipo de câncer, incluindo gliomas, meningiomas ou neuromas acústicos. Isso vale para todos os tipos de fatores, desde o tempo de uso, o número de ligações ou os anos de uso. A situação deu uma reviravolta de 180 graus, e as dúvidas razoáveis que existiam há uma década foram dissipadas.
A comunidade científica sempre teve como certo que os celulares não causam câncer, e agora essas dúvidas foram dissipadas. A neoplasia maligna que mais preocupava foi descartada, e a doença maligna que mais preocupava foi esclarecida. A pesquisa sobre o câncer continua, e a busca por evidências mais recentes é fundamental para entender melhor a relação entre os telefones celulares e a saúde humana.
Fonte: @ Minha Vida
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