China anuncia intenção de elevar parceria estratégica com Bolívia (Sul do Mundial, BRICS). Termos: parceria, estratégica, países, BRICS, entrada, interesses estratégicos, hegemonia, bullying, Nova Rota da Seda, infraestrutura, rodovia El Espino-Charagua-Boyuibe.
China e Rússia avançaram recentemente na aproximação com a Bolívia, por meio de visitas da chanceler boliviana, Celinda Sosa Lunda. A Bolívia é detentora das principais reservas de lítio do mundo, um recurso essencial na produção de baterias utilizadas em itens de grande importância, como veículos elétricos e smartphones. Tanto a China quanto a Rússia já têm investimentos na exploração do lítio boliviano.
Diante da relevância estratégica da Bolívia na produção de lítio, diferentes atores internacionais estão se aproximando do país, visando fortalecer parcerias e garantir acesso a esse recurso fundamental. A cooperação entre Bolívia, China e Rússia abre perspectivas promissoras para o desenvolvimento mútuo e a expansão do mercado de baterias. A busca por alternativas energéticas mais sustentáveis e inovadoras coloca a Bolívia no centro das atenções globais.
Bolívia e a sua parceria estratégica na Brics
Durante a recente visita da chanceler boliviana, enfatizou-se a importância geopolítica da parceria entre o país e a China, destacando a luta contra a suposta hegemonia dos Estados Unidos. Nesse contexto, a estratégia abrange a possibilidade da Bolívia entrar na Brics, um bloco que originalmente era composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas que tem se expandido para incluir países com interesses estratégicos para os chineses.
O presidente boliviano, Luis Arce, ligado ao Movimento ao Socialismo, liderado por Evo Morales, tem impulsionado essa aproximação. A relevância da Bolívia para a China aumentou após a eleição de Javier Milei na Argentina, um crítico ferrenho de regimes considerados ‘comunistas’. Milei rejeitou o convite para a Argentina entrar na Brics, feito quando o país era governado por Alberto Fernández, de inclinação à esquerda.
Com vastas reservas de lítio, a Bolívia é um ator essencial nesse tabuleiro geopolítico. A empresa chinesa Citic Guoan e a russa Uranium One Group firmaram um acordo com a estatal Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB) para explorar as reservas de lítio bolivianas, com um investimento de US$ 1,4 bilhão para a produção e exportação do mineral.
Além disso, a Bolívia faz parte da Nova Rota da Seda chinesa, um ambicioso programa de investimentos em infraestrutura. Um exemplo é a rodovia El Espino-Charagua-Boyuibe, que conecta os importantes departamentos de Santa Cruz e Tarija, conhecidos por sua produção de gás, soja e frango.
Durante a visita em Pequim, o chanceler Wang Yi expressou o desejo de elevar a parceria estratégica com a Bolívia a um novo nível. Ele ressaltou a importância de ambos os países se oporem à hegemonia e ao bullying de potências, defendendo o equilíbrio e a justiça. Essa parceria também visa seguir os propósitos e princípios da Carta da ONU, buscando salvaguardar os interesses dos países do Sul Global.
Essa movimentação geopolítica, que inclui a possível entrada da Bolívia na Brics, demonstra a complexidade das relações internacionais em um mundo em constante evolução.
Fonte: @ CNN Brasil
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