Empresa elétrica enfrenta queda de vento geração capacidade no início do ano, anomalia de comportamento regional de nossos parques eólicas. Capacidade de ventos: 15% menos no trimestre, disponibilidade: baixa devido a manutenções preventivas e El Niño. Segurança da manutenção: irradiação geração compromiseida.
Com desempenho afetado pelas intensas chuvas, a AES Brasil registrou prejuízo no primeiro trimestre de 2021. A empresa fechou o período com um prejuízo líquido de R$ 102,4 milhões, comparado ao lucro de R$ 60,4 milhões obtido no mesmo período do ano anterior, refletindo os impactos das chuvas no setor.
As fortes precipitações durante o trimestre resultaram em desafios significativos para a AES Brasil, afetando sua rentabilidade. O prejuízo líquido de R$ 102,4 milhões evidencia a influência das chuvas no desempenho financeiro da empresa, que busca estratégias para lidar com os impactos das precipitações em suas operações.
Chuvas Atípicas Impactam Geração de Energia Eólica no Nordeste
A explicação da empresa por trás desses indicadores está, principalmente, nas chuvas fora de época registradas no Nordeste neste ano, que causaram uma anomalia no comportamento dos ventos. Ao longo desses três meses, as precipitações foram cerca de 15% mais baixas do que a média histórica na região dos nossos parques eólicos. Esse cenário teve uma influência direta na geração eólica do trimestre, segundo Rogério Pereira Jorge, CEO da AES Brasil.
Precipitações Afetam Capacidade de Geração de Ventos
Nos parques eólicos de Alto Sertão II, na Bahia, e Salinas, no Rio Grande do Norte, a geração de energia foi significativamente impactada pelas chuvas anômalas. A geração em Alto Sertão II ficou 40% abaixo do volume gerado em 2023, enquanto Salinas registrou uma queda de 33%. O fator de capacidade para o período, calculado em 28%, foi o mais baixo dos últimos quatro anos.
Impactos das Chuvas: Estradas Danificadas e Manutenções Antecipadas
As chuvas na região do Rio Grande do Norte resultaram em danos, como a queda da estrada BR-304 no município de Lajes, dificultando o acesso aos parques de Cajuína, Ventus e Salinas. No entanto, a AES Brasil aproveitou a baixa disponibilidade de ventos para realizar manutenções preventivas em seus parques eólicos, abrindo oportunidades para um melhor aproveitamento no segundo semestre.
Aproveitando a Janela de Oportunidade
Com os ventos abaixo da média, a empresa antecipou algumas manutenções previstas para o segundo semestre, visando maior disponibilidade nos próximos trimestres. Rogério Pereira Jorge destaca que a janela de oportunidade permitiu a antecipação das manutenções dos ativos, garantindo a segurança necessária para os trabalhos.
Compensação com Geração Solar
Apesar das adversidades com as precipitações, a AES Brasil viu um aumento na geração de receita com energia solar devido ao sol abundante no período. Impulsionada pelo El Niño, a irradiação aumentou em 10%, resultando em um crescimento de 5% na geração no primeiro trimestre, atingindo 153 GWh. A empresa está finalizando a construção do parque solar AGV VII, em Ouroeste, com um investimento projetado de R$ 133 milhões, que será inaugurado no segundo semestre para aproveitar o potencial do período ensolarado.
Fonte: @ Info Money
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