Trágica climática atingiu 447 municípios, impactos limitados em setor agrícola e serviços. Infraestrutura pública e privada afetada. Empréstimos para PMEs e consumidores, cartões de crédito interessados. Penetração limitada em regiões, implicações nacionais sugerem. Desafio: quantificar observação negativa.
Duas das principais agências de classificação de risco do mercado global afirmaram que as chuvas no Rio Grande do Sul terão impactos limitados sobre as seguradoras. Segundo a S&P, a tragédia climática pode afetar mais os bancos, mas com efeito menor nas companhias de seguro. ‘Acreditamos que as chuvas podem trazer consequências significativas para o setor agrícola, serviços, propriedade privada e infraestrutura pública do Estado’, disse a S&P. A Fitch Ratings também prevê um impacto limitado nas seguradoras brasileiras devido às fortes chuvas que assolam o estado gaúcho, afirmando que as inundações não devem prejudicar seu capital.
A expectativa da Fitch é que a indústria de seguros no Brasil consiga gerenciar de forma eficaz o impacto das fortes chuvas, com os resultados provavelmente dentro das projeções atuais de ratings. Apesar das incertezas em quantificar as perdas exatas neste momento, a baixa penetração dos seguros no mercado e a pouca concentração desses produtos na região sugerem que o impacto financeiro das seguradoras nos próximos trimestres deve ser mínimo. No setor bancário brasileiro, a Fitch colocou em observação negativa os ratings de três instituições financeiras devido às incertezas causadas pelas inundações no Rio Grande do Sul: Banrisul, Banco Sicredi e Unicred Porto Alegre.
Impactos das Fortes Chuvas e Inundações no Rio Grande do Sul
As recentes e intensas chuvas no Rio Grande do Sul têm causado inúmeras inundações, resultando em uma verdadeira tragédia para a região. O número de municípios afetados já chega a 447, evidenciando a gravidade da situação. Até o momento, as fortes chuvas já causaram a morte de 147 pessoas, conforme relatório divulgado pela Defesa Civil.
A tragédia climática não se restringe apenas ao aspecto humano, mas também terá impactos significativos na economia gaúcha. O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco prevê que o estado poderá encerrar o ano de 2024 com um crescimento praticamente nulo, devido aos estragos causados pelas chuvas. Essa queda na economia local pode acarretar uma redução de até 0,3 ponto percentual no crescimento econômico do país.
Os economistas do banco ressaltam que a enchente de 2024 terá consequências econômicas de proporções nacionais, afetando não apenas o setor agrícola, mas também os serviços, propriedades privadas e infraestrutura pública. A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) previa um crescimento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado para este ano, porém, diante dos eventos recentes, o Bradesco estima uma perda de até 4 pontos percentuais nesse indicador.
É importante ressaltar que a reconstrução após as inundações demandará investimentos significativos, o que poderá impactar negativamente o crescimento econômico do Rio Grande do Sul em relação a 2023. A penetração limitada de empréstimos à pequenas e médias empresas e ao consumidor pode representar um desafio em quantificar o real impacto das chuvas e inundações na região. No entanto, as regiões afetadas sugerem implicações nacionais que exigirão esforços conjuntos para a recuperação.
Fonte: © CNN Brasil
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