Julgamento virtual sem data para retorno do processo disciplinar contra decisão do STF sobre advogado Rodrigo Tacla, na Operação Lava Jato.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) interrompeu hoje (25) a análise virtual sobre a instauração de procedimento disciplinar contra o magistrado Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), localizado em Porto Alegre. A sessão teve início ontem (24), mas foi adiada para uma nova data.
Na continuação dos trabalhos, a Operação Lava Jato foi mencionada durante o julgamento, trazendo à tona questões relacionadas à conduta do desembargador. A Lava Jato é um marco na história do Brasil e segue gerando repercussões em diversos setores da sociedade.
Corregedor Nacional de Justiça vota pela abertura de processo contra desembargador envolvido na Lava Jato
O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu votar a favor da abertura de um processo disciplinar contra o desembargador acusado de descumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada à suspensão de decisões do ex-juiz da Operação Lava Jato, Eduardo Appio, envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em um dos processos da Lava Jato.
Após o voto do ministro Salomão, que é o relator do caso, o processo foi retirado da sessão virtual. Ainda não há uma data definida para a retomada do julgamento. O desembargador em questão é suspeito de possuir vínculos pessoais com a família do senador Sergio Moro (União-PR), o que poderia comprometer sua imparcialidade na análise do caso.
No ano anterior, Tacla Duran alegou ter sido alvo de perseguição por se recusar a ser chantageado durante o processo em que é réu. Ele prestou esse depoimento ao juiz Appio. Duran relatou ter sido abordado por um indivíduo que teria trabalhado como cabo eleitoral na campanha de Moro, além de um advogado ligado à esposa do juiz, Rosangela Moro, que teria proposto um acordo de delação premiada durante as investigações.
Após a divulgação do depoimento, o senador afirmou não temer qualquer investigação e negou as acusações de Duran, as quais ele considera falsas e repetitivas desde 2017. Antes do início do julgamento, a defesa de Marcelo Malucelli informou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que o magistrado nunca agiu de forma ilegal em nenhum processo, incluindo os relacionados à Operação Lava Jato.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo