No Twitter, presidente colombiano suspende exportações até fim de genocídio. Setor critica governo por medidas provisórias de genocídio.
A Colômbia vai interromper as vendas de carvão para Israel devido à ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, conforme anunciado pelo presidente Gustavo Petro, que é um crítico contundente do governo de Benjamin Netanyahu em relação à condução do conflito. ‘Decidimos suspender as exportações de carvão para Israel até que a situação se resolva’, afirmou Petro em comunicado oficial.
Essa decisão terá impacto direto no mercado de carvão, afetando as vendas e as exportações do produto colombiano. A medida visa pressionar Israel a encerrar o conflito na região, demonstrando a posição firme do governo colombiano em relação à situação. A suspensão das exportações de carvão é uma forma de protesto e de apoio ao povo palestino, que sofre com a violência na região. A comunidade internacional acompanha de perto a evolução desse impasse diplomático.
Colômbia: Venda de Carvão para Israel em Ofensiva Militar
A Colômbia mantém sua posição como principal fornecedor de carvão para Israel, com transações que ultrapassam os US$ 450 milhões em 2023, segundo informações da embaixada israelense em Bogotá à AFP. A Petro, empresa que recentemente fez críticas ao governo do primeiro-ministro Netanyahu, interrompeu a compra de armamentos fabricados no Oriente Médio, como parte de uma ofensiva militar israelense.
O decreto emitido pelo Ministério do Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia estabelece que a restrição permanecerá em vigor até que sejam cumpridas integralmente as ordens de medidas provisórias emitidas pela Corte Internacional de Justiça no Processo de aplicação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza. Essa ação crítica do governo colombiano visa pressionar Israel a respeitar os direitos humanos na região.
De acordo com a Associação Nacional de Comércio Exterior da Colômbia, 90% das exportações do país para Israel são compostas por produtos de mineração e energéticos, incluindo o carvão. O governo colombiano contesta os números divulgados pela embaixada israelense, afirmando que, entre janeiro e agosto de 2023, as exportações para Israel totalizaram US$ 375 milhões, com uma parcela significativa relacionada ao comércio de carvão.
O carvão é considerado um recurso estratégico para a fabricação de armas e equipamentos militares, o que torna a suspensão das exportações uma medida forte por parte do governo colombiano. A Associação Colombiana de Mineração expressou preocupação com a possibilidade de interrupção das transações, destacando a importância do acordo comercial entre os dois países.
A ofensiva de Petro contra as operações militares israelenses na Faixa de Gaza é justificada como uma resposta à transgressão do direito internacional, que faz parte do bloco de constitucionalidade colombiano. A suspensão das exportações de carvão para Israel representa um posicionamento crítico em relação às ações do governo israelense na região, colocando em destaque a necessidade de respeito aos direitos humanos e à paz na região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo