Governo prioriza evitar inflação em 100mil toneladas de commodity, inicialmente. Operação de recomposição, Conab apoia, transações públicas interligam bolsas, evitando inflacionarios impactos. Parámetros operacionais de compra e leilões de cerca de 1milhão toneladas.
O governo federal divulgou em uma edição especial do Diário Oficial da União portaria interministerial com as definições dos parâmetros para a compra de arroz beneficiado importado, em transação operacionalizada com apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para lidar com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que estima inicialmente um volume de aproximadamente 100 mil toneladas. A compra de arroz é uma medida estratégica para garantir o abastecimento e evitar possíveis escassez e aumento de preços no mercado nacional.
O principal objetivo do governo é evitar impactos inflacionários decorrentes de uma redução na oferta, uma vez que o Rio Grande do Sul normalmente produz 70% da safra de arroz do país. Além disso, a compra de arroz importado também visa garantir a segurança alimentar da população, assegurando que não haja desabastecimento no mercado interno. Nesse sentido, a compra de arroz é uma ação preventiva e estratégica para manter a estabilidade econômica e o equilíbrio no setor alimentício.
Compra de Arroz: Operacionalização da Transação
O Estado já havia colhido mais de 80% da área semeada quando as enchentes aconteceram. O governo federal, inicialmente, não pensa em hipótese alguma concorrer com os produtores de arroz que passam por dificuldades. O principal objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em comunicado nesta quarta-feira.
Segundo ele, as operações vão focar o arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas. A compra de arroz será operacionalizada visando uma oferta que possa envolver até 1 milhão de toneladas de arroz, beneficiado ou em casca, para recomposição dos estoques públicos.
Na primeira fase do programa, o Ministério da Agricultura indicou em nota a aquisição de cerca de 104 mil toneladas de arroz. Este volume significativo será adquirido para fazer uma oferta aos pequenos varejistas e equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional das regiões metropolitanas dos Estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará e Ceará.
Destaca-se que as transações preveem 416 milhões de reais para a aquisição do arroz e 100 milhões de reais para as despesas relativas à equalização de preços para a compra do produto. A transação de compra de arroz será realizada por meio de leilões públicos, com o apoio da interligação de bolsas de mercadorias, conforme edital a ser publicado pela Conab.
Fonte: @ Info Money
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