Artista falecido em 2017 se autodenominava “travesti da família brasileira”. Ministério da Justiça registra crimes de homotransfobia em boletins de ocorrência.
O Formulário de Registro de Emergência e Risco Iminente à Comunidade LGBT+ foi carinhosamente apelidado de ‘formulário Rogéria’, em honra à artista multifacetada. Rogéria, conhecida por sua versatilidade e talento, deixou um legado marcante no cenário artístico brasileiro.
O ‘formulário Rogéria’ é uma forma de reconhecer a importância da artista homenageada na luta pela diversidade e inclusão. Através desse instrumento, as delegacias dos 11 estados brasileiros podem garantir um atendimento mais eficaz e sensível à comunidade LGBT+, seguindo o exemplo de Rogéria em sua trajetória de coragem e autenticidade.
Rogéria: Artista Homenageada e sua Importância na Cultura Brasileira
Registro de crimes de homotransfobia tem sido uma questão prioritária para o Ministério da Justiça, que busca implementar o protocolo em todo o país. A ocorrência desses crimes, muitas vezes não reportada, é um desafio enfrentado para garantir a segurança e os direitos da comunidade LGBT+. Boletins de ocorrência precisam refletir a realidade, e a inclusão de casos de homotransfobia é crucial para a visibilidade e combate a essas práticas discriminatórias.
Artista homenageada, Rogéria, é uma figura icônica que marcou a história do Brasil com sua arte e personalidade única. Nascida em Cantagalo, Rio de Janeiro, em 1943, Rogéria iniciou sua carreira nos palcos cariocas durante um período conturbado da história do país, o ano do golpe civil-militar. Sua trajetória artística transcendeu barreiras e a tornou uma referência para a comunidade LGBT+.
O Museu Histórico Nacional, localizado no Rio de Janeiro, recebeu em maio de 2023 uma significativa doação de itens pessoais de Rogéria, feita por uma amiga e colega de palco da artista. Esses objetos, agora parte do acervo do Museu, representam não apenas a vida de Rogéria, mas também a luta por reconhecimento e respeito de toda uma comunidade.
Pedro Heringer, diretor substituto do MNH, destaca a importância de Rogéria como uma das mais importantes artistas do país, sendo pioneira na representação travesti na televisão brasileira. A inclusão desses itens no acervo do Museu é um passo significativo para ampliar a diversidade de histórias contadas e reconhecer o legado de figuras como Rogéria.
Rogéria faleceu em 2017, deixando um legado de coragem e autenticidade. Sua voz e presença continuam a inspirar gerações, reafirmando a importância da diversidade e do respeito às diferenças. A memória de Rogéria permanece viva, lembrando-nos da necessidade de combater a homotransfobia e promover uma sociedade mais inclusiva e justa.
Fonte: @ CNN Brasil
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