Em 2024 Q1, Creditas registra lucro de R$ 1,4 milhão, mas receita queda 1,3%. Furio, CEO, explica: queimada de caixa, reduzir gastos (metade, corte), usados modelos, asset light, conversou investidores, proposta taxa crescimento, negócios avançados, atingiu breakeven.
Por volta de 2022, a Creditas implementou uma estratégia para cessar a queima de caixa e alcançar a lucratividade. Quase dois anos depois, a fintech finalmente alcançou seu primeiro lucro. No primeiro trimestre de 2024, a Creditas obteve um lucro de R$ 1,4 milhão. Para efeito de comparação, havia registrado prejuízos de R$ 128,9 milhões no mesmo período do ano anterior.
A jornada da Creditas para se tornar lucrativa foi marcada por desafios e conquistas significativas. A fintech demonstrou resiliência e determinação em seu caminho para alcançar o equilíbrio financeiro. O sucesso alcançado no primeiro trimestre de 2024 reflete o compromisso da Creditas em sua missão de oferecer soluções financeiras inovadoras e sustentáveis.
Transformação da Creditas: Uma Jornada de Sucesso
Sergio Furio, fundador e CEO da Creditas, compartilhou em uma entrevista recente ao NeoFeed que a trajetória da empresa não foi nem fácil nem difícil, mas sim uma batalha de paciência. Os resultados divulgados em 16 de maio revelaram um lucro líquido inédito, com a receita totalizando R$ 485,6 milhões, representando uma queda de 1,3% em um período de 12 meses. Em 2023, o prejuízo foi reduzido em 64%, chegando a R$ 385 milhões.
A fintech atingiu um marco significativo ao alcançar um Ebitda positivo de R$ 1,2 milhão em dezembro do ano passado, marcando o primeiro mês sem queima de caixa, sinalizando que o lucro estava próximo. A estratégia para reduzir a queima de caixa envolveu cortes de custos, incluindo a redução pela metade do número de colaboradores, que em um momento chegou a ultrapassar 4 mil pessoas. A empresa também adotou um modelo mais asset light com o fechamento de duas lojas de venda de automóveis, além de receber uma injeção financeira.
Em agosto do ano passado, a Creditas anunciou a captação de US$ 70 milhões em uma extensão da rodada de série F. Esse capital foi crucial para manter o ritmo de crescimento sem a necessidade de desacelerar. Sergio Furio enfatizou a importância dessa decisão em uma conversa com os investidores, destacando que a empresa poderia ter atingido o breakeven sem a captação adicional, mas com uma receita menor.
A estratégia da Creditas agora se concentra em manter resultados positivos nos próximos trimestres, priorizando o crescimento. Sergio Furio ressalta que o crescimento traz benefícios, pois aumenta o lucro bruto sem elevar os custos fixos, permitindo a criação de mais margem. A empresa já está implementando essa estratégia desde março, com projeções de crescimento anual em torno de 25%.
Uma das avenidas de crescimento da Creditas é o mercado de seguros, impulsionado pela aquisição da Minuto Seguros em 2021. Com 160 mil clientes ativos e uma carteira de R$ 250 milhões, esse negócio já atingiu o breakeven e tem potencial para expandir sua participação de mercado. Além de aumentar a receita nessa área, a empresa planeja utilizar esse serviço como uma alavanca para impulsionar outras verticais do negócio, seguindo uma estratégia de cross-sell.
Além dos empréstimos com garantia de veículo, imóvel ou consignado, a Creditas diversificou seu portfólio com soluções de locação em parceria com a ZAPway, financiamento imobiliário e automotivo, e entrou no setor de benefícios flexíveis, competindo com empresas tradicionais e startups. Com quase 500 mil clientes ativos, a empresa está focada em manter seu crescimento sustentável e consolidar sua posição no mercado.
Fonte: @ NEO FEED
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