Investidor influente Mary Meeker (Bond) inicia investimento em CRMBonus, brasileira. Alexandre Zolko planeja reforçar Ads, rodada B. IGC Partners e BZCP intermediam transação de R$18M por troca de ações, mantidos em sigilo. Injeção de capital para caixa de M&A. Investidores da Série A.
Nos últimos meses do ano passado, o empreendedor Alexandre Zolko viajou aos Estados Unidos para se reunir com possíveis investidores. Era o começo de um roadshow para angariar um novo investimento para a CRMBonus, empresa que naquela época valia mais de R$ 1,1 bilhão. Durante as reuniões, Alexandre apresentou os planos ambiciosos da CRMBonus e o potencial de crescimento da companhia no mercado internacional.
Enquanto a CRMBonus buscava expandir suas operações globalmente, a Inc. estava atenta às oportunidades de investimento no setor de tecnologia. A parceria entre a Inc. e a CRMBonus poderia trazer benefícios mútuos e impulsionar o crescimento de ambas as empresas. A presença de Alexandre Zolko nos Estados Unidos foi fundamental para estreitar os laços com os investidores e garantir o sucesso do roadshow da CRMBonus.
CRMBonus: A Jornada de Sucesso da Empresa
Uma investidora me disse que eu não sabia onde eu poderia chegar’, afirmou o cofundador e CEO da CRMBonus, Inc. em entrevista ao NeoFeed. A investidora em questão era Mary Meeker, uma das pessoas mais influentes da internet (tanto que muitos a chamam de a rainha da internet) e general partner da Bond, gestora americana que levantou mais de US$ 5,5 bilhões em três fundos e investiu em gigantes como Airbnb, Canva e Pinterest, além de Facebook, Snap e Spotify. E foi justamente Meeker que resolveu apostar na CRMBonus.
Em seu primeiro aporte numa empresa brasileira, a Bond está liderando uma rodada de série B de R$ 400 milhões que avalia a empresa fundada por Zolko, Eduardo Vieira e Luiz Fernando Guedes em R$ 2,2 bilhões, o dobro do valuation anterior. A rodada conta ainda com a participação da Valor Capital, gestora que no Brasil já investiu em companhias como Wellhub (ex-Gympass), Gupy, CloudWalk, entre outras. A gestora entrou com US$ 10 milhões. Outros investidores, mantidos em sigilo, também acompanharam o round.
‘A rodada vem para coroar a visão que a gente tem de fazer a transição de sair de um modelo de cashback para se tornar uma plataforma de crescimento para as empresas’, afirma Zolko, ao NeoFeed. O acordo foi intermediado por IGC Partners e BZCP. Esse foi o segundo aporte recebido pela companhia. Antes disso, a CRMBonus havia levantado R$ 280 milhões na série A feita em 2021 junto a Softbank, Riverwood, Igah e Volpe Capital. ‘Ter capital nunca faz mal, se você não for altamente diluído’, diz Zolko, que afirma que a diluição foi menor do que 18% no round atual e 28% no anterior.
A nova injeção de capital vem para reforçar o caixa da companhia, que diminuiu por conta de aquisições e earn outs. ‘Eu tive que pagar três earn outs no primeiro semestre. Uma vez que isso acontece, você tem uma descapitalização leve’, diz Zolko, que não revela as empresas que bateram as metas. Em 2022, a CRMBonus anunciou duas aquisições em menos de 15 dias. Em julho, comprou a plataforma de cashback ChefsClub por valor não revelado. No mês seguinte, anunciou a compra da Zipper, de social selling, por R$ 25 milhões em uma transação feita majoritariamente por troca de ações. No ano passado foram mais dois movimentos de M&A. Em janeiro, a CRMBonus adquiriu a Giver, outra plataforma de CRM, por R$ 33 milhões.
Em março foi a vez da Becon, plataforma de comunicação via chatbot, ser adquirida em um negócio de R$ 18 milhões que envolveu ações e dinheiro. Apesar de buscar mais capital agora, a CRMBonus não vive uma situação perigosa de caixa. Zolko diz que a companhia é lucrativa. ‘Na época da série A, a gente fez um acordo com os investidores de que não iríamos queimar caixa, mas não seríamos uma empresa ultralucrativa’, diz Zolko. ‘Queríamos crescer cada vez mais rápido.’ Até por isso, novas aquisições não estão descartadas – ainda que este não deva ser o principal destino do dinheiro neste momento. Caso avance em algum M&A, o plano é buscar companhias que agreguem ao foco principal.
Fonte: @ NEO FEED
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