Clube abriu negociação para contratar o paraguaio Roque Santa Cruz no mercado europeu após escapar do rebaixamento no Brasileirão.
Com uma carreira marcada por conquistas e experiência, Roque Santa Cruz se aproxima do fim de sua jornada como jogador, vestindo a camisa do Libertad. Nesta quinta-feira, ele enfrentará o Cruzeiro nas quartas de final da competição, um time que já o cobiçou há mais de uma década, quando ele ainda brilhava no futebol europeu. A partida está marcada para as 21h30, em Assunção.
O Cruzeiro, um clube mineiro de tradição e história, busca superar o Libertad e avançar na competição. Com sua camisa celeste, o time busca inspirar seus jogadores a darem o seu melhor e conquistarem a vitória. A experiência de Roque Santa Cruz pode ser um obstáculo, mas o Cruzeiro está preparado para enfrentar o desafio e sair vitorioso.
Um Negócio que Não Foi: Roque Santa Cruz e o Cruzeiro
Roque Santa Cruz, um nome conhecido no futebol paraguaio, surgiu no final dos anos 1990 e rapidamente chamou a atenção do Bayern de Munique, clube alemão que o contratou com apenas 18 anos de idade. Durante oito temporadas na Alemanha, Santa Cruz conquistou títulos nacionais, a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes. Após deixar o time alemão, ele se transferiu para a Inglaterra, onde se destacou no Blackburn Rovers e chamou a atenção do Manchester City, que pagou cerca de R$ 90 milhões para contratá-lo em 2009.
No entanto, dois anos depois, Santa Cruz estava emprestado ao Bétis, da Espanha, e uma saída definitiva não estava descartada. Foi então que o Cruzeiro, clube mineiro, surgiu como um dos principais interessados em contratar o centroavante. A situação ocorreu no final de 2011, na janela de inverno do futebol europeu. O Cruzeiro havia escapado do rebaixamento na última rodada do Brasileirão, com uma goleada por 6 a 1 sobre o Atlético-MG, e o elenco passava por reformulação.
A diretoria do Cruzeiro queria um centroavante de renome e foi atrás de Santa Cruz. À época, o diretor executivo de futebol era Dimas Fonseca, que confirmou abertamente o interesse do clube celeste. ‘Um empresário fez o contato com o City sobre a possibilidade da troca. Estamos aguardando a resposta nos próximos dias. Se for nos moldes que nós queremos, o negócio deve acontecer’, disse Dimas Fonseca em 26 de dezembro de 2011.
A troca envolvia o atacante Léo Bonatini, destaque da base do Cruzeiro e que na época tinha 17 anos. A intenção do clube era que o jovem fosse apenas emprestado ao clube inglês, com Roque Santa Cruz chegando de forma definitiva. No entanto, as tratativas não chegaram a se tornar novela, e o Cruzeiro saiu da mesa de negociações devido ao alto padrão salarial do centroavante e ao fato de que ele seria o quinto estrangeiro do elenco.
Outras Opções para o Cruzeiro
À época, somente três estrangeiros podiam ser levados para os jogos do Brasileiro, e o grupo contava com o zagueiro Maurício Victorino, o volante Diego Arias, o meia Walter Montillo e o atacante Ernesto Farias. Entre esses jogadores, Montillo era destaque absoluto do Cruzeiro, que apostava na recuperação física do zagueiro Victorino e tinha acabado de contratar Arias do futebol grego. Farias, que havia chegado do Porto, foi emprestado ao Independiente em 2012.
Sem sequência nas tratativas por Roque Santa Cruz, o Cruzeiro buscou Walter, que surgiu sob holofotes no Internacional e estava no Porto, de Portugal. No decorrer daquele ano, mas já com o futebol sob comando de Alexandre Mattos, o clube contratou Borges, que foi bicampeão brasileiro com a Raposa, em 2013 e 2014.
O Destino de Santa Cruz e Bonatini
Sem evolução nas negociações entre Cruzeiro e City, Roque Santa Cruz terminou a temporada 2011/2012 defendendo o Bétis. No ano seguinte, foi para o Málaga, também da Espanha, onde permaneceu jogando. Já Léo Bonatini, o jovem atacante do Cruzeiro, continuou a se desenvolver no clube mineiro e mais tarde se transferiu para o Estoril, de Portugal, e posteriormente para o Wolverhampton, da Inglaterra.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo