Empresa sofreu prejuízo de US$ 1,3 bilhão com intervenção direta de governo e regulatórias: autoridades, Agência Federal de Administração de Propriedades, novo chefe, locais, completo controle, decreto Putin, concessionárias Uniper, Fortum, consórcio internacional, sanções, projeto Sakhalin-2.
A Danone informou hoje, 17, que finalizou a comercialização de sua divisão de produtos lácteos e de origem vegetal na Rússia para a empresa russa Vamin, ou Vamin Tatarstan. Recentemente, a gigante francesa obteve as autorizações regulatórias essenciais das autoridades russas para a venda.
Além disso, a empresa confirmou que a transação envolvendo seus produtos lácteos na Rússia foi concluída com sucesso. A Danone continua focada em fortalecer sua presença global e otimizar sua linha de produtos.
Danone, venda;: Danone inicia processo de venda sob intervenção do governo russo
A empresa de lácteos Danone deu início ao processo de venda em outubro de 2022, após o presidente russo, Vladimir Putin, colocar as operações locais da empresa sob o controle da Agência Federal de Administração de Propriedades, órgão do governo. A intervenção das autoridades regulatórias gerou repercussões significativas, incluindo a nomeação do ministro da Agricultura da Chechênia, Yakub Zakriev, como o novo chefe dos negócios da Danone no país.
Com a necessidade de aprovações governamentais para a conclusão do negócio de venda, a Danone enfrentou desafios inesperados. A empresa registrou uma baixa contábil de 1,2 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) devido à intervenção, refletindo a complexidade da situação.
A ação do governo russo não se limitou à Danone, pois outras empresas também foram afetadas. A cervejaria dinamarquesa Carlsberg, por exemplo, perdeu o controle das operações da Baltika Breweries na Rússia. O decreto de Putin foi uma das respostas mais drásticas à fuga de empresas ocidentais do país, após a invasão da Ucrânia, resultando em uma série de sanções impostas por diversos governos.
Além da Danone e da Carlsberg, outras empresas foram alvo da intervenção, incluindo as concessionárias da alemã Uniper e da finlandesa Fortum, bem como o consórcio internacional por trás do projeto de petróleo e gás natural Sakhalin-2. Este projeto, que contava com empresas como Shell e Mitsubishi entre seus acionistas, foi impactado pelas medidas governamentais.
Diante desse cenário de controle e mudanças no ambiente de negócios, as empresas ocidentais enfrentam desafios significativos ao operar na Rússia. A complexidade das relações entre as autoridades regulatórias e as empresas estrangeiras destaca a importância de uma abordagem estratégica e cautelosa para garantir o sucesso das operações no país.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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