O ministério de Alexandre de Moraes derrubou o sigilo dos depoimentos do ex-policial militar, que estava dentro da montada orientada.
📲 Acompanhe o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. O ex-policial Ronnie Lessa, detido por assassinar a vereadora Marielle Franco, declarou em colaboração premiada que estavam buscando localizar a Marielle desde setembro de 2017. Ela foi morta em 14 de março de 2018.
Desde então, a morte da vereadora Marielle gerou repercussão nacional e internacional, sendo um marco na luta por justiça e igualdade. A memória de Marielle continua viva, inspirando a busca por um mundo mais justo e seguro. #MariellePresente
Marielle: Uma História de Determinação e Resistência
Mais ou menos em setembro, os dados foram colhidos, tudo estava pronto. Pegamos o carro, o armamento e partimos para o campo. ‘Eu e Macalé estávamos nessa missão, inicialmente éramos apenas nós dois na execução. No mês de dezembro, já estávamos exaustos dessas tentativas infrutíferas, não íamos a lugar nenhum, estávamos presos em um ciclo sem fim. Fomos até os mandantes e propusemos uma mudança na estratégia que havia sido montada, orientada por uma das pessoas por trás desse plano. Tentar algo diferente, pois a situação já estava desgastante. Queríamos mudar de qualquer jeito, mas a resposta foi um firme não. Tivemos que manter o que já estava estabelecido’, afirmou.
Em delação, Lessa revelou que a tentativa de matar a vereadora Marielle começou em setembro de 2017. Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência do ex-policial para o complexo penitenciário de Tremembé, em São Paulo. Além disso, o sigilo da delação foi retirado. Lessa também mencionou que o endereço da vereadora era em uma área de difícil acesso, com policiais patrulhando a calçada. ‘Era um local complicado de vigiar. O prédio em si não tinha estacionamento, o que dificultava a situação. Não dava para saber se o carro dela estava dentro, pois não havia garagem. Era um desafio monitorar aquela região’, explicou.
Os irmãos Brazão foram apontados como mandantes do assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. O ex-policial Ronnie Lessa afirmou em sua delação à Polícia Federal que o deputado federal Chiquinho Brazão está envolvido no caso. Essa citação levou o caso do STJ para o STF, devido ao foro privilegiado do parlamentar. Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, foram presos em março em uma operação conjunta da Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e Ministério Público do Rio de Janeiro.
Chiquinho Brazão, deputado federal do União Brasil pelo Rio de Janeiro, assim como Marielle, era vereador na época do assassinato. O envolvimento do parlamentar fez com que as investigações fossem para o STF, devido ao seu foro privilegiado. A busca por justiça continua, em meio a reviravoltas e revelações surpreendentes. A história de Marielle Franco permanece como símbolo de determinação e resistência.
Fonte: © A10 Mais
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