Usiminas sofre com sinalização de recuperação lenta, concorrência chinesa desleal e impactos das importações de aço na cadeia.
Seguindo a mesma linha que seguiu em seus últimos relatórios, a Usiminas decepcionou novamente os investidores com o seu demonstrativo financeiro do primeiro trimestre de 2024, divulgado hoje cedo, antes da abertura das negociações. No entanto, a resposta desfavorável dos acionistas foi ainda mais acentuada desta vez.
A conhecida siderúrgica enfrentou problemas em seu desempenho, refletindo-se diretamente no humor do mercado. A empresa de siderurgia terá que buscar estratégias para contornar essa situação e reconquistar a confiança dos investidores, mostrando a solidez de suas operações e seu potencial de crescimento no setor. A Usiminas precisará agir com rapidez e eficiência para mitigar os impactos negativos da sua performance trimestral.
Usiminas: Mercado reage a resultados e desafios da empresa de siderurgia
As ações preferenciais da Usiminas abriram o pregão com uma queda acima de 2%, marcando a liderança das perdas no Ibovespa. Ao longo da manhã, o cenário não se mostrava favorável, com os papéis despencando 11,26% por volta das 12h30, sendo negociados a R$ 9,38. Isso resultou em uma valorização de mercado de R$ 11,1 bilhões para a empresa de siderurgia brasileira, apesar de as ações acumularem uma alta de 2,7% no ano.
O CEO da Usiminas, Marcelo Chara, destacou em uma conferência com analistas os desafios enfrentados em 2024, mencionando as pressões das importações e as condições absolutamente desleais de competição enfrentadas pela indústria siderúrgica. Em várias ocasiões, ele ressaltou os impactos da importação do aço, principalmente vindo da China, sobre toda a cadeia de produção.
As reações negativas do mercado foram atribuídas não apenas ao desempenho da empresa, mas também às projeções para o segundo trimestre de 2024, indicando estabilidade nos volumes e preços do aço. Essa perspectiva parece ter desapontado investidores que esperavam uma recuperação mais robusta, conforme apontado pelo Itaú BBA em seu relatório.
O banco enfatizou que as projeções de estabilidade se aplicam também à divisão de mineração da Usiminas, que enfrentou preços realizados mais baixos e volumes mais fracos no primeiro trimestre. Mesmo com um aumento de 4% nas vendas em relação ao ano anterior, a divisão de mineração totalizou 1,96 milhão de toneladas comercializadas.
A XP, por sua vez, adotou uma postura mais neutra em relação à Usiminas, destacando resultados aquém do esperado no último trimestre. Com a empresa apontando para volumes e preços estáveis no próximo período, a expectativa é de uma abordagem cautelosa para o segundo trimestre, considerando o custo de produção vendida por tonelada como um potencial ponto de preocupação.
Diante de um cenário desafiador, a Usiminas e o setor siderúrgico como um todo continuam a enfrentar os impactos das importações desleais, enquanto buscam apoio do governo para promover um ambiente mais equilibrado e competitivo para a indústria nacional.
Fonte: @ NEO FEED
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