Ele está quase completo e bem preservado, o que destaca sua importância no papel de trazer informações sobre a origem dos dinossauros.
Cientistas do Centro de Suporte à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, encontraram uma descoberta significativa para a comunidade científica relacionada aos dinossauros no município de São João do Polêsine, localizado na região central do estado.
Essa descoberta abre novas possibilidades de estudo sobre os dinossauros e outras criaturas pré-históricas que habitaram a região, revelando informações valiosas sobre esses antigos répteis e seus ambientes. Os pesquisadores acreditam que os fósseis encontrados podem fornecer insights importantes sobre a evolução e o comportamento desses seres antigos. importância
Descoberta de fóssil quase completo de dinossauro Herrerasauridae
Em maio, após as intensas chuvas que afetaram o estado e resultaram em enchentes e devastação, uma equipe de pesquisadores encontrou um fóssil quase intacto de um dinossauro do grupo Herrerasauridae, uma das criaturas pré-históricas que habitaram a Terra durante o Período Triássico, com uma idade estimada de 233 milhões de anos. Este achado é considerado um dos mais antigos do mundo, destacando a importância desse dinossauro no entendimento da origem dos dinossauros.
O paleontólogo Rodrigo Müller, da UFSM, enfatizou a relevância desse achado, mencionando o papel crucial que esses fósseis vão desempenhar na pesquisa sobre os antigos répteis. Além de estar quase completo e bem preservado, o material recuperado promete fornecer uma riqueza de informações anatômicas que podem ampliar nosso conhecimento sobre essas criaturas antigas.
Com cerca de 2,5 metros de comprimento, este dinossauro carnívoro e bípede possuía a habilidade de andar com as patas traseiras, deixando as mãos livres para manipular presas. A incerteza sobre seu tamanho máximo é levantada, considerando que outros membros desse grupo podiam chegar a 5m ou 6m de comprimento. A descoberta desse fóssil quase completo traz à tona questionamentos sobre o potencial de crescimento desses animais pré-históricos.
O fóssil será incorporado à coleção do Cappa, um dos centros de pesquisa mais renomados do mundo no estudo da origem dos dinossauros. Esta descoberta vai enriquecer ainda mais o acervo do centro, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada dos primeiros dinossauros que habitaram nosso planeta. A importância desse dinossauro predador reside na nova gama de informações que ele traz sobre a primeira leva de dinossauros que dominaram a cadeia alimentar durante os primórdios da era dos dinossauros.
A equipe liderada por Müller realizou escavações no sítio fossilífero de São João do Polêsine, um local que já era conhecido por sua riqueza paleontológica. As chuvas intensas de maio aceleraram o processo de erosão, expondo mais materiais fósseis e revelando novas descobertas. Os pesquisadores estão em uma corrida contra o tempo para resgatar outros possíveis fragmentos de fósseis importantes antes que sejam perdidos devido à exposição contínua.
O processo natural de erosão, potencializado pelas chuvas, tem sido tanto um aliado quanto um desafio para os paleontólogos, que precisam agir rapidamente para recuperar os materiais expostos antes que se deteriorem. A coleta e a análise desses materiais fragmentários são fundamentais para a continuidade das pesquisas, que ainda estão em andamento no Cappa. A expectativa é que os resultados desses estudos sejam divulgados em breve, contribuindo para o avanço do conhecimento sobre a história dos dinossauros.
Fonte: @ Agencia Brasil
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