Boletim Focus: IPCA 2024 sobe para 3,96%; decisões sobre juros esperadas com disparada nas taxas.
Após a valorização dos rendimentos proporcionados pelos Tesouro Direto na semana anterior, as taxas começam a semana em ascensão, porém com um aumento mais moderado. Hoje, segunda-feira (29), antecedendo a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para deliberar sobre o rumo da taxa básica de juros no Brasil, os Tesouro Direto apresentam um leve acréscimo.
Em um cenário de busca por investimentos mais seguros, os títulos públicos se destacam como opções interessantes. Dessa forma, as aplicações financeiras em Tesouro Direto continuam atraindo a atenção dos investidores em busca de rentabilidade e segurança em seus investimentos.
Tesouro Direto: uma opção de investimento em títulos públicos
Hoje, mais um Boletim Focus, do Banco Central, mostrou uma disparada na projeção mediana para o IPCA em 2024 pela segunda semana consecutiva, agora com inflação de 4,10% ao fim do ano. Já para 2025, o Focus agora indica uma taxa de 3,96%, em comparação com os 3,90% na projeção anterior.
O mercado também voltou a aumentar a cotação esperada para o dólar nos próximos dois anos, atingindo R$ 5,25, mas manteve a projeção de 2024 em R$ 5,30. O mercado está aguardando decisões do BC americano, BoJ, Banco da Inglaterra (BoE) e outros importantes bancos centrais do mundo.
As decisões sobre juros no Brasil e no exterior, principalmente nos Estados Unidos, têm impacto nos títulos públicos, pois, dependendo do cenário, as taxas oferecidas no Tesouro Direto precisam permanecer atrativas.
Especula-se que o Copom mantenha o atual patamar dos juros, em 10,5%. Com os juros na casa dos dois dígitos, os títulos prefixados tendem a oferecer mais. Por volta das 11h45, o Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 proporcionava um retorno de 12,28%, acima do registrado na última sessão.
Entre os títulos atrelados à inflação, o papel de prazo mais curto, portanto mais influenciado pela política monetária recente, permanece estável, com rendimento de 6,41%. Já um papel de prazo mais longo, como o Tesouro IPCA + 2045, apresenta alta e oferece, no mesmo horário, 6,35%. Esses títulos de longo prazo estão mais ligados aos juros futuros, que atualmente estão em ascensão.
No geral, os títulos vinculados ao aumento dos preços têm sido os favoritos dos analistas diante do cenário de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, pois desempenham o papel de proteção da carteira. É importante lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais.
Isso significa que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Com o aumento das taxas, embora seja positivo para os investidores, garantindo maior rentabilidade se mantida a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos títulos diminui, resultando em uma perda temporária para os detentores dos títulos na carteira.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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