Papéis do Tesouro sobem com falas do presidente do BC sobre ciclo de queda das taxas.
Os investimentos no Tesouro Direto tiveram um aumento significativo em relação ao dia anterior. Hoje, o mercado de títulos públicos está sendo influenciado por informações dos Estados Unidos e pronunciamentos de autoridades do Banco Central do Brasil e dos EUA.
Os Tesouro Direto continuam sendo uma opção atrativa para quem busca diversificar sua carteira de investimentos. A volatilidade dos títulos públicos pode ser impactada por diversos fatores, mas a busca por segurança e rentabilidade ainda mantém o interesse dos investidores.
Investindo no Tesouro Direto: uma análise do mercado de títulos públicos
No início do dia, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos apresentou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2024, em conformidade com as expectativas dos analistas. Esses números reforçam a resiliência da economia americana, o que pode limitar a ação do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Banco Central dos EUA em iniciar um ciclo de queda das taxas de juros. Paralelamente, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central brasileiro revelou um aumento na projeção do PIB para este ano, passando de 1,9% para 2,3%.
De acordo com o RTI, as chances de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassar o limite superior da meta estabelecida para a inflação no Brasil são de 28%. A meta de inflação definida pelo governo é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um teto de 4,5% para a inflação. O Banco Central aponta que a probabilidade de o IPCA exceder esse limite é de 28% para o ano em curso.
No mercado de títulos públicos, especificamente no Tesouro Direto, os papéis do Tesouro apresentaram movimentações significativas. Por volta do meio-dia, os papéis atrelados à inflação registraram valorização. O Tesouro IPCA 2035 oferecia um rendimento de 6,39%, enquanto o Tesouro Prefixado 2031 apresentou uma variação de 12,21% para 12,34% de um dia para o outro.
Os analistas têm uma visão positiva em relação aos patamares atuais desses dois tipos de papéis do Tesouro Direto. No caso dos títulos atrelados à inflação, a combinação de mais de 6% de rendimento fixo mais a variação da inflação oferece uma proteção contra a elevação dos preços, proporcionando uma taxa atrativa aos investidores. Já para os títulos prefixados, a recomendação é de cautela na quantidade adquirida e no prazo de investimento escolhido.
É importante ressaltar que as taxas e os preços dos títulos públicos são inversamente proporcionais. Ou seja, tanto nos papéis prefixados quanto nos indexados ao IPCA, um aumento na taxa de rendimento resulta em uma queda no preço do título, e vice-versa. Portanto, embora um aumento nas taxas seja favorável para os investidores, garantindo uma rentabilidade maior se mantiverem o investimento até o vencimento, esse cenário implica em uma desvalorização temporária dos papéis na carteira dos detentores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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