Nos fundos de maior investimento, shoppings, logísticos e híbridos ganharam destaque, enquanto imóveis recebíveis ocuparam a ponta venda. Reversões, expectativas, estrategia, arbitragem, emissão, novas cotas, patrimônio, carteira, recorde, oferta, público, vendas, diversificada, resultados. (146 caracteres)
Em um mês cheio de surpresas nos mercados financeiros, os fundos de ‘tijolo’, que aplicam diretamente em propriedades, se destacaram como os favoritos dos investidores de fundos imobiliários em abril. Dentre as opções mais populares, os fundos de shoppings, galpões logísticos e híbridos foram os mais procurados.
Além disso, a busca por fundos que investem em imóveis tem sido impulsionada pela busca de diversificação e potencial de retorno. Os investidores estão cada vez mais interessados em adquirir propriedades por meio desses fundos, buscando oportunidades de crescimento e segurança financeira. fundos
Fundos Imobiliários: Movimentações no Mercado Financeiro
No contexto dos fundos imobiliários com os maiores resgates no período, observa-se uma competição acirrada entre os fundos de recebíveis, compostos por títulos de renda fixa do setor imobiliário, e aqueles voltados para shoppings e galpões logísticos. Cerca de metade dos fundos presentes na lista dos mais comprados em abril também figura no ranking dos mais vendidos.
Marcos Baroni, renomado especialista em fundos imobiliários da Suno Research, destaca que esse movimento está associado a uma estratégia conhecida no mercado financeiro como arbitragem. Nesse tipo de operação, o investidor adquire uma cota de um fundo por um determinado valor e busca vendê-la posteriormente por um preço superior, visando lucrar com as variações de preços de um mesmo ativo.
De acordo com Baroni, essa prática é frequentemente observada em fundos imobiliários que realizam emissões de novas cotas, como foi o caso de alguns dos fundos presentes tanto na lista dos mais comprados quanto dos mais vendidos no último mês. Essas emissões visam aumentar o patrimônio da carteira, proporcionando aos cotistas o direito de preferência na subscrição das novas cotas emitidas.
Para ilustrar, consideremos um fundo imobiliário cujo valor da cota atual é de R$ 110 e que planeja emitir novas cotas a R$ 105, com o intuito de ampliar em 50% o patrimônio da carteira. Nesse cenário, os investidores têm a oportunidade de vender suas cotas a R$ 110 e recomprá-las próximo à emissão, por R$ 105, gerando assim um ganho financeiro.
Não é surpreendente que alguns fundos que participam das listas de mais comprados e mais vendidos estejam envolvidos em processos de emissão. Um exemplo é o XP Malls (XPML11), focado no segmento de shoppings, que alcançou uma captação recorde de R$ 1,8 bilhão no último mês. Com essa oferta, o fundo imobiliário se tornou o maior do setor de tijolo no país.
Da mesma forma, o BTLG11, especializado em galpões logísticos, realizou sua 13ª emissão, captando um volume significativo de R$ 1,5 bilhão. Baroni, da Suno Research, expressa otimismo em relação aos fundos imobiliários de shoppings, como o XPML11 e o VISC11, destacando não apenas a diversificação da carteira, mas também o desempenho dos ativos, que se mostram superiores aos números do ano anterior.
Além disso, Baroni ressalta que esses fundos têm adotado uma gestão ativa do portfólio, envolvendo a compra e venda de propriedades. O rendimento por cota passa a ser influenciado não apenas pelos resultados dos shoppings, mas também pelas transações de ativos realizadas.
Além do XPML11 e do VISC11, outros fundos presentes na lista que adotam uma gestão ativa da carteira incluem o TRXF11, o BTLG11 e o GARE11, conforme a análise do especialista. Por outro lado, o HGLG11, líder em vendas, está passando por um processo de reestruturação após a aquisição dos fundos imobiliários do Credit Suisse pela gestora Pátria Investimentos. A redução do giro de ativos durante essa reestruturação impactou o rendimento recorrente do fundo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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