Trágica climática: 2,1 milhões de pessoas afetadas em 446 de 497 municípios gaúchos – chuva extrema, deslizamentos, vítimas, bairros vulneráveis, camadas de tristeza, reconstruir vida, pontos de terra encharcada, impactos da chuva. Reconstruir aos eventos climáticos extremos.
A terrível tragédia climática no Rio Grande do Sul, marcada por deslizamento de terra, está afetando aproximadamente 2 milhões de pessoas, obrigando as vítimas a lidarem com diversas formas de sofrimento. Em certos momentos, a aflição de perder o lar e recomeçar aos 60 anos se mescla com a angústia de não localizar familiares desaparecidos devido ao deslizamento de terra.
Em meio ao cenário devastador, a comunidade enfrenta não apenas os efeitos do deslizamento de terra, mas também o risco de desabamento de terra em áreas já fragilizadas. A solidariedade e a esperança se tornam essenciais para superar a adversidade e reconstruir o que foi perdido. A união de esforços é fundamental para auxiliar aqueles que enfrentam a dor da destruição causada pelo deslizamento de terra e do possível desabamento de terra.
Deslizamento de terra: Uma tragédia climática que abalou a comunidade rural de Roca Sales
O agricultor Nilvaldino Brino, de 59 anos, sobrinho de Elírio e Erica Brino, ambos de 78 anos, enfrentou uma situação devastadora. Ele estava na propriedade dos tios, em uma área rural de Roca Sales, pouco antes de um deslizamento de terra deixar toda a fazenda e seus parentes soterrados sob uma grande quantidade de lama. A tragédia ocorreu em 30 de abril, por volta das 15h30, em meio a fortes chuvas que já castigavam a região. Nilvaldino tinha ido ajudar os parentes a desobstruir uma tubulação que estava entupida devido às chuvas intensas.
Em questão de minutos, o cenário mudou drasticamente. O som assustador do desabamento de terra ecoou, e Nilvaldino e sua esposa testemunharam a devastação se aproximando. A terra e a lama desceram de uma altura considerável, cobrindo tudo em seu caminho. O agricultor e sua família tiveram que fugir às pressas, deixando para trás a vida que conheciam.
Seis pessoas estavam na casa no momento do deslizamento, incluindo a jovem Gabriela Brino, de apenas 9 anos, afilhada de Nilvaldino. Além dela, foram vítimas a irmã de Gabriela, Maria Eduarda Brino, de 20 anos, seus pais, Dorli, de 52 anos, e Janice, de 49 anos, e os avós Elírio e Érica Brino, ambos com 78 anos – tios de Nilvaldino. A granja onde viviam, construída pelo avô de Nilvaldino há mais de um século, agora é um local de tristeza e desolação.
Essas seis vítimas se juntam a uma lista trágica de desaparecidos, divulgada pela Defesa Civil do Estado, que busca informar sobre as principais vítimas das chuvas que assolam as cidades gaúchas. O deslizamento deixou pontos com até 10 metros de terra encharcada, tornando o acesso difícil para as equipes de resgate. Roca Sales, fortemente afetada pelas enchentes recentes, contabiliza 3 óbitos e 12 desaparecidos até o momento.
A cidade, juntamente com outros municípios vizinhos, como Barra do Rio Azul, Muçum e Cruzeiro do Sul, planeja reconstruir os bairros destruídos em locais mais seguros, menos vulneráveis aos eventos climáticos extremos. Enquanto isso, a propriedade de Nilvaldino escapou por pouco do deslizamento, mas ele perdeu alguns equipamentos. O terreno foi interditado pelas autoridades, pois há o risco iminente de novos deslizamentos.
Mais de 10 dias se passaram desde a tragédia, e Nilvaldino aguarda angustiado por notícias de seus familiares desaparecidos. As chances de encontrá-los com vida são mínimas, mas ele mantém a esperança de ao menos poder dar-lhes um sepultamento digno. Reconstruir a vida após uma tragédia como essa é um desafio imenso, mas a comunidade se une na busca por conforto e na tentativa de superar a dor que assola a região.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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