Clima muda vida e psiquismo, conheça ecoansiedade: ansiedade crônica ambiental, medo de catástrofe, frustração, pessimismo. Termos: ansiedade, ambiental, sensação, médo, ecopsicologia, grupo da Berkeley, “Voz da Terra”: Exploração de Ecopsicologia, Restaurar a Terra, Cura de Mente.
Com a crescente frequência de eventos climáticos extremos nos últimos tempos, a eco-ansiedade tem se tornado um termo cada vez mais presente no vocabulário das pessoas preocupadas com o meio ambiente. A devastação causada pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024 trouxe à tona a urgência de discutir e lidar com os impactos das mudanças climáticas, gerando um sentimento coletivo de eco-ansiedade entre os afetados.
A sensação de ansiedade e impotência diante da crise climática é compartilhada por muitos, que se veem confrontados com a realidade dos desastres naturais. É fundamental que a sociedade esteja atenta aos sinais do planeta e tome medidas concretas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, visando reduzir o impacto da eco-ansiedade na vida das pessoas e no futuro do nosso planeta.
Eco-ansiedade: Um Novo Estado Psicológico em Ascensão
Dessa forma, especialistas estão buscando categorizar esse estado psicológico emergente para oferecer a devida assistência a esse tipo específico de paciente. Mudanças climáticas podem agravar doenças cerebrais, revela um estudo recente, enquanto também se observa uma redução na biodiversidade devido a tais mudanças. Além disso, as mudanças climáticas estão impactando até mesmo o sabor de diversos alimentos, o que levanta a questão: o que é eco-ansiedade e qual sua relação com as mudanças climáticas?
A eco-ansiedade, também conhecida como ‘ansiedade climática’, é um termo que foi incorporado ao dicionário de Oxford. Definida como o ‘medo crônico da catástrofe ambiental‘ pela Associação Americana de Psicologia, essa condição envolve a sensação de ansiedade, frustração e pessimismo em relação ao futuro e às consequências das mudanças climáticas. Embora seja um termo novo, a eco-ansiedade já é uma área estabelecida na psicologia, conhecida como ecopsicologia.
A ecopsicologia busca compreender a relação entre o ser humano e a natureza, enxergando-os como um continuum e não como entidades separadas. O termo eco-ansiedade surgiu em 1989, quando um grupo da Universidade de Berkeley decidiu cunhá-lo. Esse grupo, composto por Robert Greenway, Elan Shapiro, Alan Kanner, Mary Gomes e Theodore Roszak, deu origem a uma abordagem que une psicologia e ecologia, como evidenciado nos livros ‘The Voice of The Earth: An Exploration of Ecopsychology’, lançado por Theodore Roszak em 1992, e ‘Restoring the Earth, Healing the Mind’, publicado por Gomes e Kanner em 1995.
Essas obras fundamentais da ecopsicologia contribuíram significativamente para disseminar o movimento e promover uma compreensão mais profunda da conexão psíquica entre os seres humanos e a natureza. Ao reconhecer essa ligação, a psicologia busca restaurar a responsabilidade ética do ser humano para com o planeta e seus habitantes, visando mitigar o desequilíbrio psíquico causado pela perda de vínculo com a natureza.
Infelizmente, os indicadores da mudança climática têm se agravado desde a criação do termo ecopsicologia, com a ineficácia das ações para conter o aquecimento global em escala global. Eventos climáticos extremos, como secas, furacões e chuvas intensas, estão se tornando mais frequentes em diversas regiões do mundo, deixando comunidades inteiras devastadas. Essas situações de desastre têm causado traumas e um sentimento de pessimismo em relação ao futuro em muitas pessoas, evidenciando a urgência de lidar com a eco-ansiedade de forma eficaz.
Fonte: @Olhar Digital
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