Período de oito anos (2015-2023): Serviços de saúde da capital notificaram 2.298 inéditos casos de violência, registrados em bairros periféricos e região central. Levantamento: mulheres, distritos de baixa renda e de maior renda. BO eletrônico. Ocorrências notificadas em serviços de saúde.
Uma pesquisa recente divulgada hoje pelo Instituto Pólis revela um aumento alarmante nas ocorrências de violência contra pessoas LGBTQIA+ nos serviços de saúde da cidade do Rio de Janeiro. Entre os anos de 2016 e 2024, houve um crescimento de 850% nas notificações desse tipo de violência, com um total de 1.975 casos reportados. Esses dados evidenciam a urgência de políticas públicas eficazes para combater a violência LGBTQIA+ e garantir a segurança e o respeito a todos.
Infelizmente, a violência LGBTfóbica ainda persiste em nossa sociedade, resultando em agressões LGBTQIAPN+ que afetam diretamente a integridade e a dignidade das pessoas. É fundamental que a sociedade como um todo se una no combate a essas práticas discriminatórias e promova a inclusão e o respeito à diversidade. A conscientização e a educação são ferramentas essenciais para construirmos um ambiente mais seguro e acolhedor para todos, sem distinção de gênero ou orientação sexual. investidores de alta renda
Violência Contra Pessoas LGBTQIA+ em São Paulo: Um Levantamento Inédito
Cerca de 45% das ocorrências de violência contra pessoas LGBTQIA+ são resultantes de violências físicas, com relatos também de violências psicológicas (29%) e sexuais (10%). Surpreendentemente, quase metade (49%) dessas agressões aconteceu dentro de casa. O estudo revelou que, de cada dez vítimas de violência LGBTfóbica, seis foram agredidas por familiares ou pessoas conhecidas.
O levantamento, realizado ao longo de um período de oito anos, destacou que a maioria das agressões motivadas por homofobia/lesbofobia/transfobia ocorreu em bairros periféricos da cidade de São Paulo. Locais como Itaim Paulista (123 vítimas), Cidade Tiradentes (103 vítimas) e Jardim Ângela (100 vítimas) foram os mais afetados.
Intitulado ‘Violências LGBTQIAPN+ na Cidade de São Paulo’, o estudo apontou um aumento alarmante nas agressões quando considerados os boletins de ocorrências registrados pela Polícia Civil. Entre os anos de 2015 e 2023, houve um aumento de 1.424%, totalizando 3.868 vítimas.
Segundo as notificações de violência, a maioria dos casos registrados na Polícia Civil concentrou-se na região central da cidade, especialmente nos bairros da República (160 vítimas), Bela Vista (102 vítimas) e Consolação (96 vítimas), locais frequentados por pessoas LGBTQIA+.
Rodrigo Iacovini, diretor-executivo do Instituto Pólis e coordenador da pesquisa, ressaltou que o crescimento dos registros de violência contra pessoas LGBTQIA+ reflete não apenas um maior empoderamento da comunidade, mas também um aumento nas narrativas LGBTfóbicas na sociedade.
A violência relacionada a crimes de ódio tem sido alimentada por discursos políticos de extrema-direita, o que levou a uma escalada de agressões. O Instituto Pólis destaca que o crescimento dos boletins de ocorrência de LGBTfobia está diretamente ligado à implementação do BO eletrônico, facilitando o registro online das ocorrências.
Esse novo método de registro online ampliou a participação das mulheres, que representam 51% das notificações. Nos distritos de baixa renda, o BO online corresponde a 82% das denúncias de homofobia/transfobia, enquanto nos distritos de maior renda, esse número é de 72%.
O estudo também revelou que a maioria das vítimas de violência LGBTfóbica é negra (55%). Preocupantemente, 79% das pessoas que sofreram violência LGBTfóbica por policiais eram negras, evidenciando a interseccionalidade da violência. A dimensão racial se soma à LGBTfobia, expondo ainda mais as pessoas LGBTQIA+ negras a múltiplas formas de discriminação.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo