Devido a diferenças fisiológicas, agências federais promovem novas pesquisas sobre cuidados específicos em atividades físicas e alimentação para mulheres, extrapolando conselhos médicos sobre sintomas associados a síndromes coronárias agudas, como ataques cardíacos e síndromes menstruais. Biomédicas literatura política fornece dados resultantes em estágios da vida.
A saúde reprodutiva continua sendo um tema crucial nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024, e uma ordem executiva recente assinada pelo presidente Joe Biden para aprimorar a pesquisa em saúde das mulheres tem chamado a atenção. A diretriz de 18 de março se destaca por buscar integrar a saúde das mulheres em agências federais e promover novas pesquisas.
Além disso, a iniciativa visa ampliar o foco em questões fundamentais relacionadas às mulheres, como acesso a cuidados de saúde específicos e igualdade de tratamento. O objetivo é fortalecer a base de conhecimento existente e incentivar a inovação em prol da saúde das mulheres em diversas áreas de pesquisa.
Mulheres: Mudanças na Pesquisa Médica
O momento não poderia ser mais oportuno. Durante séculos, agências de pesquisa médica concentraram seus estudos exclusivamente em homens, minimizando ou ignorando as diferenças sexuais e extrapolando seus resultados para as mulheres. No entanto, as mulheres não são fisiologicamente idênticas aos homens. Marcadas pela chegada da menstruação na puberdade feminina e pela presença de dois cromossomos X, as mulheres frequentemente receberam conselhos médicos incompletos, inadequados e, por vezes, prejudiciais.
Especialistas indicam que a parada cardíaca é um exemplo relevante dessa disparidade. Embora desde 2007 seja conhecido que as mulheres têm quase o dobro de probabilidade de falecer de ataques cardíacos em comparação aos homens, e que reportam muito mais sintomas associados a síndromes coronárias agudas, um estudo do Instituto Nacional de Saúde, naquele mesmo ano, ainda defendia a não diferenciação dos sintomas entre homens e mulheres em casos de ataque cardíaco.
Stacy Sims, fisiologista do exercício e cientista da nutrição sediada em Mount Maunganui, Nova Zelândia, decidiu dedicar sua carreira a explorar como as mulheres devem se alimentar e se exercitar para uma saúde ideal. Em 2019, durante uma palestra TED, Sims afirmou: ‘Se trabalharmos com nossa fisiologia, reconhecendo que as mulheres são únicas e que não devemos aplicar as mesmas abordagens dos homens, os resultados em saúde podem ser surpreendentes.’
A questão persiste em pleno 2024: por que as mulheres continuam sendo tão subestudadas em pesquisas médicas? Stacy Sims oferece uma visão esclarecedora: historicamente, as mulheres foram sistematicamente excluídas do desenvolvimento científico e da pesquisa. Os homens, de forma predominante, determinavam os rumos da investigação e muitas vezes negligenciavam as necessidades e especificidades femininas.
Apesar dos avanços, a representatividade das mulheres na literatura médica ainda é limitada. Um estudo publicado em 2022 no Women’s Health Reports ressalta essa disparidade, indicando que as mulheres são menos abordadas em publicações científicas na área da saúde. Ainda persistem atitudes misóginas que afetam a equidade de gênero na pesquisa biomédica.
A implementação de políticas, como a exigência dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, em 2016, para que pesquisadores considerem o sexo como variável em estudos biomédicos, representou um avanço significativo. No entanto, análises bibliométricas revelam que a maioria dos estudos médicos não analisa os resultados por sexo, minando a qualidade e relevância das pesquisas.
A obra de Stacy Sims, incluindo o livro fundamentado na ciência ‘Roar’, que aborda as diferenças de gênero em exercício e nutrição ao longo dos estágios da vida, destaca a importância de considerar as especificidades das mulheres. Ao compartilhar seus insights com a CNN, Sims reforça a necessidade de uma abordagem mais inclusiva e sensível ao gênero na pesquisa médica. Antes de iniciar qualquer novo programa de exercícios, consulte sempre um profissional de saúde e interrompa imediatamente caso sinta qualquer desconforto.
Fonte: © CNN Brasil
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