Michelle Bowman considera ‘bem-vindo’ o progresso na desinflação nos EUA. Se persistir, reduzir juros gradualmente será apropriado.
O avanço na luta contra a inflação nos Estados Unidos em maio e junho ‘é um sinal positivo’, porém a inflação ainda está ‘acima da meta de 2%’, o que requer atenção do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), que continuará a acompanhar os dados econômicos até a reunião de setembro.
A expectativa é que as medidas adotadas contribuam para a desinflação nos próximos meses, mas é necessário cautela diante da incerteza econômica global. A manutenção da estabilidade dos preços é essencial para garantir o crescimento sustentável da economia e o bem-estar da população. progresso
Desinflação e Política Monetária nos Estados Unidos
A avaliação recente da diretora da autoridade monetária Michelle Bowman, durante um evento no Colorado, destaca a importância de manter a postura da política monetária em relação à inflação. Bowman enfatizou que a inflação deve continuar a diminuir, considerando os dados recebidos e o progresso em direção à meta de 2%.
Segundo Bowman, é crucial evitar que a política monetária se torne excessivamente restritiva para a atividade econômica e o emprego. Ela reconheceu o progresso na desinflação nos EUA, mas ressaltou que a inflação ainda está acima da meta, com o deflator dos gastos com consumo (PCE) registrando uma média anualizada de 3,4% no primeiro semestre deste ano.
Apesar da normalização das restrições de oferta, Bowman expressou preocupação com a possibilidade de a inflação não cair tão rapidamente quanto no ano anterior. Ela enfatizou a importância da paciência do Fed e alertou para o risco de minar o progresso na redução da inflação ao reagir exageradamente a indicadores econômicos.
Os comentários de Bowman surgem em um momento de estresse nos mercados financeiros, com expectativas de um possível corte de 0,5 ponto nos juros americanos na próxima reunião do banco central. A diretora ressaltou a necessidade de analisar os dados de forma abrangente, considerando os riscos para o emprego e a estabilidade de preços.
Bowman destacou os riscos de alta para a inflação e reiterou a importância de manter o foco na estabilidade de preços para alcançar o pleno emprego a longo prazo. Em meio a um cenário econômico desafiador, a diretora enfatizou a necessidade de equilibrar as políticas monetárias para garantir um progresso sustentável em direção à desinflação.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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