Testes de segurança de última hora para eleições municipais em 6 de outubro: equipes aplicam técnicas com urna eletrônica e software de carga, votação e apuração. Achados constantes: evolução de firmwares e aplicativos, interface JE-connect.
Investigadores da Polícia Federal (PF) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estão conduzindo os últimos testes de segurança na urna eletrônica antes das Eleições, 2024, que estão agendadas para o dia 6 de outubro, podendo haver um segundo turno em 27 de outubro.
Os preparativos para as Eleições, 2024 estão em pleno andamento, com a PF e a UFMS garantindo a integridade do processo eleitoral. Além disso, a importância dos testes de segurança na urna eletrônica é fundamental para assegurar a lisura e transparência do pleito municipal.
Eleições, 2024: Testes de segurança e evolução constante
Até a próxima sexta-feira (17), na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as equipes estão imersas em uma série de testes de confirmação para verificar se as falhas identificadas no ano passado foram devidamente corrigidas. O Teste Público de Segurança (TPS) é uma etapa crucial em cada ciclo eleitoral, garantindo a integridade do sistema.
Durante anos não eleitorais, um edital é divulgado para que interessados possam examinar os códigos-fonte e realizar ataques com o intuito de encontrar possíveis vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação. No ciclo eleitoral atual, o TPS foi realizado entre 27 de novembro e 2 de dezembro do ano passado, com 33 investigadores, incluindo seis investigadoras, executando 35 planos de ataques contra as urnas.
Uma comissão avaliadora identificou cinco inconsistências que necessitavam de ajustes por parte do TSE, as quais estão sendo reavaliadas no teste atual. O relatório do TPS destacou que, embora os ataques do ano passado não comprometessem a integridade ou o sigilo do voto, algumas falhas foram encontradas, como na inicialização da urna, resultando em mensagens de erro inesperadas.
Outro ponto de atenção foi a falha no procedimento de carga da urna, onde foram inseridas informações sobre candidatos e eleitores. Uma equipe composta por um professor e três alunos da UFMS descobriu ainda duas falhas relacionadas ao controle e privilégios de acesso de aplicações na urna.
Julio Valente, secretário de Tecnologia da Informação do TSE, enfatizou a importância de abordar essas descobertas e apresentar as melhorias feitas nos códigos-fonte durante o teste de confirmação. O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, ressaltou que o TPS é essencial para o sistema eleitoral, promovendo transparência e evolução contínua.
Durante o teste de confirmação, os firmwares e as mídias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica serão verificados, incluindo o Gerenciador de dados, aplicativos e interface com a urna eletrônica, Software de carga, Software de votação, Sistema de apuração, Kit JE-connect, entre outros. Sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) estão apoiando os investigadores durante a execução dos planos de reteste.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo