Fake news surgem 70% mais rápido com tecnologias emergentes, mas apenas 51% dos usuários checam a origem antes de compartilhar.
O advento da IA generativa intensificou a ameaça de que as falsas-notícias causem prejuízos não apenas monetários, mas também à imagem das organizações, gerando dúvidas sobre se a tecnologia é uma vilã ou uma aliada. Diante desse cenário, um dos momentos mais esperados do recente AberjeTrends, ocorrido na terça-feira (25), foi a discussão acerca desse tema crucial.
Em um mundo cada vez mais digital, a disseminação de informações-falsas tornou-se uma preocupação constante, exigindo um olhar atento e crítico por parte de todos os envolvidos. É essencial que a sociedade esteja preparada para identificar e combater as falsas-notícias, garantindo assim a integridade da informação e a preservação da verdade.
O surgimento das falsas-notícias na era da Inteligência Artificial
O evento contou com a participação do InfoMoney como media partner, trazendo à tona a discussão sobre o impacto das informações falsas na sociedade atual. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, segundo especialistas, possuem potencial de crescimento nos próximos meses e anos.
Mediada por Suelma Rosa dos Santos, vice-presidente de Assuntos Corporativos da PepsiCo para a América Latina, a mesa redonda explorou como tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, estão revolucionando a comunicação e levantando questões éticas e legislativas urgentes.
As mudanças rápidas no cenário atual não esperam pela adaptação da lei nem dos profissionais que lidam com elas, mas apresentam oportunidades para os comunicadores se destacarem. Pamela Vaiano, sócia e superintendente de Comunicação Corporativa do Itaú Unibanco; Adriana Moucherek, diretora de marketing, comunicação, Trade e Inteligência de Dados na Ajinomoto do Brasil; e Fabio Rua, vice-presidente de Relações Governamentais, Comunicação e ESG da General Motors América do Sul, compartilharam suas visões durante o Aberje Talks.
A preocupação em comum entre os executivos é não apenas a velocidade com que as informações falsas se espalham, mas também as consequências dessas falsas-notícias. ‘Estamos vivendo um momento de grande desinformação. As fake news se propagam hoje 70% mais rápido, o que torna essencial verificar a informação antes de divulgá-la, para evitar prejuízos incalculáveis’, destaca Pamela Vaiano.
Em meio a esse cenário desafiador, cerca de 51% dos usuários checam a veracidade das notícias antes de compartilhá-las, mostrando uma conscientização crescente. No entanto, o mercado financeiro é frequentemente utilizado para disseminar informações falsas, o que gera preocupações adicionais.
Os participantes do evento compartilharam experiências em que suas empresas foram prejudicadas por informações falsas disseminadas. A General Motors, por exemplo, enfrentou em 2023 um rumor de que encerraria suas operações no Brasil, o que exigiu uma resposta rápida e eficaz para conter os danos.
Fabio Rua, da General Motors, destaca: ‘As fake news representaram um desafio significativo para nós, afetando nossas vendas e a moral da equipe. Atuamos com transparência e compromisso, reafirmando nosso investimento de R$ 7 bilhões no Brasil.’
Durante as discussões, os painelistas abordaram os desafios enfrentados pelos profissionais de comunicação para lidar com a disseminação de informações falsas, enfatizando a importância do fact-checking e da adaptação às mudanças tecnológicas aceleradas. A ética e a legislação foram destacadas como pilares fundamentais na comunicação contemporânea.
A comunicação eficaz com os diversos públicos torna-se um desafio cada vez maior para as empresas, que buscam transmitir informações corretas em meio à avalanche de falsas-notícias. A disseminação de informações precisas e a construção de confiança são essenciais para combater a desinformação e fortalecer a credibilidade das organizações.
Fonte: @ Info Money
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