Empresário de 33 anos preso em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco, com ajuda da Polícia Militar, relacionamento amoroso, Grupo Tático Especial.
MONTEIRO, PB (AGÊNCIA NOTÍCIAS) – A Polícia Civil da Paraíba deteve em flagrante o empresário Gilson Cruz de Oliveira, 56, acusado de cometer um feminicídio contra uma adolescente de 15 anos com quem mantinha um relacionamento amoroso. O feminicídio ocorreu no domingo (14) à tarde, em Monteiro, município de 33 mil habitantes situado a 319 km de João Pessoa.
O crime de ódio e violência contra a mulher chocou a população local, que clama por justiça e medidas efetivas para combater a violência de gênero. É fundamental que a sociedade se una no combate ao feminicídio e em prol da proteção das mulheres, garantindo que casos como este não se repitam. A luta contra a violência de gênero deve ser constante e prioritária em nossa sociedade.
O feminicídio como crime de ódio
Na última segunda-feira (15), um empresário foi detido em Brejo da Madre de Deus, no interior de Pernambuco, com auxílio da Polícia Militar. As autoridades descobriram que ele estava em Caruaru (PE) no domingo, mas conseguiu deixar a cidade antes da chegada do Grupo Tático Especial de Monteiro. Oliveira foi reconduzido à Paraíba, onde as investigações seguem em andamento.
A vítima, uma adolescente, foi brutalmente assassinada com disparos na cabeça e no rosto. Um áudio divulgado pela TV Paraíba revelou que ela havia confessado a uma amiga ser alvo constante de violência por parte do namorado. ‘Ele já tentou fazer muita coisa comigo. Já jogou a pistola dele na minha cara, estourou minha cabeça e tive que dar pontos’, relatou. ‘Mas nunca tive coragem de denunciar.’
Maria Lúcia dos Santos, mãe da vítima, relatou à emissora de TV que a filha sofria maus-tratos e recebia ameaças. A adolescente temia que a violência se estendesse à sua família. Amigas da jovem informaram à polícia que ela exibia marcas no corpo, incluindo mordidas.
O suspeito já havia sido condenado, em primeira instância e com direito a recurso, por lesão corporal contra a filha. A defesa do empresário ainda não se pronunciou sobre o caso.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre março de 2015 (quando a lei sobre o tema foi estabelecida) e dezembro de 2023, pelo menos 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no país. A lei do feminicídio, sancionada em março de 2015, classifica o crime quando é cometido contra a mulher por questões de gênero, envolvendo violência doméstica e familiar, além de menosprezo ou discriminação à condição feminina.
A luta contra o feminicídio em meio à violência de gênero
A trágica morte da jovem ressalta a urgência de combater o feminicídio, um crime de ódio que ceifa vidas e deixa marcas indeléveis nas famílias e na sociedade. A violência contra a mulher persiste, permeando relacionamentos amorosos e atingindo mulheres em todas as esferas da sociedade.
Neste contexto, a cidade de 33 é palco de mais um caso chocante de feminicídio, evidenciando a necessidade de ações efetivas para prevenir e punir esse tipo de crime. O Grupo Tático Especial de Monteiro desempenhou um papel crucial na captura do suspeito, mas a batalha contra o feminicídio vai além da detenção de indivíduos violentos.
A TV Paraíba desempenha um papel fundamental ao dar visibilidade a esses casos e conscientizar a população sobre a gravidade do feminicídio. A primeira instância do judiciário desempenha um papel crucial na responsabilização dos agressores, garantindo que a justiça seja feita em nome das vítimas.
Diante desses números alarmantes, é fundamental que a sociedade se una para combater o feminicídio e promover uma cultura de respeito e igualdade de gênero. A violência contra a mulher não pode ser tolerada em nenhuma circunstância, e é dever de todos lutar por um mundo onde o feminicídio seja apenas uma triste lembrança do passado.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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