Empresa logística do Grupo Simpar otimiza processos longos-prazo em novas aquisições: contratos de longo prazo, ciclos de ajustes contratuais, interferências possíveis, rumo a certo.
A JSL (JSLG3), companhia de logística do grupo Simpar (SIMH3), tem o costume de preservar a autonomia de suas empresas adquiridas. Essa abordagem foi evidenciada, por exemplo, com duas empresas que a organização adquiriu no ano passado – a IC Transportes e a FSJ Logística.
Essa estratégia de manter a independência das empresas adquiridas pela JSL (JSLG3) reflete o compromisso da companhia em valorizar a expertise e o know-how de cada uma delas. A abordagem de respeito às empresas adquiridas tem sido fundamental para o sucesso da integração da IC Transportes e da FSJ Logística no grupo.
Adquirindo e Gerenciando Empresas de Forma Estratégica
‘A gente adquire a empresa e deixa ela atuar de forma independente, para continuar fazendo o que faz bem’, explicou Ramon Alcaraz, em entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney. ‘A gente tem ganhado, em média, 2% sobre a receita bruta, com essas sinergias, mesmo não misturando as empresas’. Debaixo do guarda-chuva de sua controladora, a empresa adquirida ganha poder de escala e acesso a custo de capital menor. Mas a JSL também coloca rédeas se for preciso. ‘Quando está fora do trilho, a gente fica mais próximo. Se está no trilho, deixamos mais soltos’, afirma Guilherme Sampaio, CFO da companhia.
Se podemos ajudar a empresa adquirida a entender onde ela perde e onde ganha, onde é fraca e onde é forte, nós vamos fazer. Os executivos admitem que a companhia precisou interferir um pouco mais na IC, que tem margens menores que o consolidado da JSL. A empresa afirma estar trabalhando para restabelecer o patamar adequado de rentabilidade da adquirida.
O balanço do primeiro trimestre de 2024 trouxe a informação de que houve avanço significativo no ciclo de ajustes contratuais da IC e que o trabalho para capturar eficiência operacional da empresa continua. ‘Sabíamos que a IC tinha problemas em alguns contratos. Tivemos que interferir um pouco mais do que o normal para que fossem revistos e tomassem um rumo certo’, diz Alcaraz.
Contratos de Longo Prazo e Ciclo de Ajustes
Em 2023, a JSL celebrou um total de R$ 3,5 bilhões em contratos com os seus clientes. Nos três primeiros deste ano, chegou a quase um terço disso, alcançando R$ 1 bilhão. ‘Isso traz o conforto de uma garantia de crescimento orgânico sem ficar dependente de novas vendas’, afirma o CEO. Ele explica que 85% do negócio da JSL é baseado em contratos de longo prazo que têm, em média, duração de 40 meses.
O CFO explica que a negociação de um contrato pode durar algo em torno de oito meses. Somando mais três meses após o início da implementação do serviço é que a empresa começa a ver os reflexos desses contratos nas receitas. Alguns serviços exigem que a JSL faça investimentos em ativos, que são vendidos pela companhia ao término do contrato e se não houver renovação.
‘Hoje temos uma taxa altíssima de renovação de contrato, então o mais comum é renovarmos os ativos para um novo ciclo, que costuma ser de cinco anos também’, diz Sampaio. Atualmente, a JSL atende a clientes de 16 setores diferentes. Alcaraz diz que, na área automotiva, a empresa dobrou de tamanho, com transporte de peças para abastecer montadoras e levando o produto final ao cliente ou áreas de armazenagem. A companhia também detém a maior parte da operação logística do megaprojeto Cerrado, da Suzano (SUZB3), que visa construir a maior fábrica de celulose do mundo em.
Fonte: @ Info Money
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